Em conferência de imprensa, o técnico espanhol lembrou que a paragem de quase três meses na competição é um aspeto que levanta dúvidas sobre a forma como todos os clubes se vão apresentar no primeiro dos 10 jogos que faltam realizar na prova.
“Há já muito tempo que não competimos e temos dúvidas e incertezas, porque não tivemos nenhum jogo amigável neste período. Há uma dúvida absoluta para nós e para as outras equipas, porque este período é completamente diferente daquele em que estávamos quando a competição parou”, considerou.
Apesar do sentimento de incerteza, o treinador do Vitória de Setúbal afirma estar otimista na resposta que a sua equipa vai dar na Madeira.
“A equipa está bem. Na palestra, antes do treino, dei os parabéns aos jogadores pelo trabalho realizado nestas últimas quatro semanas e meia. Trabalharam com muita vontade, responsabilidade e um espírito de compromisso muito bom. A nível de treino estou muito contente e orgulhoso dos jogadores”, vincou.
Na sala de imprensa do Estádio do Bonfim, Julio Velázquez não escondeu a sua satisfação por poder responder presencialmente às perguntas dos jornalistas.
“Estou feliz por voltar a dar uma conferência de imprensa antes de um jogo. São boas notícias depois de um período tão difícil por que passámos todos e ainda não está resolvido. Damos hoje o primeiro passo ao fazer a conferência de imprensa e jogando amanhã”, lembrou.
O técnico, que no Funchal não vai poder contar com o médio José Semedo (castigado), considera que o principal desafio para os jogadores está relacionado com a forma como vão reagir emocionalmente às novas circunstâncias.
“Somos as mesmas equipas, com os mesmos jogadores, por isso os padrões de jogo serão mais ou menos os mesmos. É certo que ficámos num período de máxima dificuldade nestes meses, por isso o aspeto emocional e físico vai ser muito importante. A nível emocional ainda mais. Estamos felizes por voltarmos um bocadinho à normalidade de antes, mas não podemos esquecer que a situação ainda não ficou resolvida”, frisou.
Sobre o facto de as partidas não terem público nas bancadas, Julio Velázquez, que espera ter os adeptos no estádio logo que seja possível, considera que seria muito pior se não houvesse futebol.
“Se perguntar a 100 pessoas, acho que as 100 vão dizer que preferem jogar com adeptos nas bancadas. Para mim, o futebol é paixão e sentimento, características que nascem dos adeptos. No entanto, a situação é o que é e temos de nos adaptar. Pior estaríamos se estivéssemos ainda em casa. Temos de ser inteligentes e ir dando passos certos. Quando as autoridades de saúde disserem que podem estar pessoas nas bancadas, melhor. É o que todos desejamos que aconteça o mais cedo possível”, disse.
O Vitória de Setúbal, que volta a contar com o contributo de Éber Bessa (regressa após castigo), viaja esta quarta-feira, pelas 18:00 horas, para o Funchal em voo charter. Antes, pelas 15:30, o plantel será no Bonfim submetido a mais um rastreio (o sétimo) à covid-19.
Marítimo, 15.º classificado da I Liga, e Vitória de Setúbal, 12.º, defrontam-se na quinta-feira, a partir das 18:00, no Estádio do Marítimo, no Funchal, num jogo que vai ser arbitrado por Manuel Oliveira, da associação do Porto.
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