A edição 2017-2018 da Volvo Ocean Race, regata à volta do mundo que começou em Alicante, Espanha, em outubro de 2017 e terminou em Haia, na Holanda, em junho de 2018, foi acompanhada por uma audiência televisiva (acumulada) de “2,2 mil milhões” de espetadores, informou a organização num balanço da prova em que compara com os números da edição anterior, 2014-2015.
Contabilizando mais de “3300 horas de transmissão de televisão”, que geraram “429 milhões de euros em publicidade (+ 46% face à edição 2014-2015)”. Foram igualmente produzidas “194 horas de transmissões ao vivo”, anunciou.
Nas redes sociais, a mítica prova de circum-navegação somou “1,9 biliões de impressões nas redes sociais”, incluindo “200 milhões” de visualizações de vídeos, “13,7 milhões de likes” nas redes sociais, mais de “400 mil comentários” em posts do Instagram, ”mais de 1 milhão de comentários” sobre conteúdos da prova no Twitter e “9 milhões de retweets”.
Os 4300 órgãos de comunicação social acreditados na prova geraram “71 mil artigos on-line (+ 10%) e 7500 (+ 4%) notícias impressas”. O site da VOR foi visitada (page views) “174 milhões” vezes, a app oficial foi descarregada mais de “537 mil vezes (+ 38%)” e a “audiência da TV digital (OTT) foi de 342 milhões, gerando 67,8 milhões de euros em retorno de publicidade”, revelaram os responsáveis da Volvo Ocean Race. O tracker oficial da prova acolheu “111 milhões de sessões exclusivas (+ 186%)”.
As sete equipas que percorreram as 45 milhas náuticas ao longo de 126 dias receberam a visita de “2.5 milhões de pessoas” nos 12 stopovers (paragens em portos) da prova (+ 4% em relação à edição anterior), entre as quais Lisboa, colocando a Volvo Ocean Race no “top dos eventos desportivos internacionais”, sublinharam.
Antes do inicio da prova, o estaleiro em Lisboa (Boatyard) fez um “refit de 15 semanas e 6 mil horas de trabalho” a cada um dos sete VO65. Em Alicante, cidade onde arrancou a regata, o impacto na economia local foi de “96 milhões de euros” tendo gerado “1696 empregos permanentes”.
30 boias espalhadas pelo mundo e as claras evidências de plástico nas zonas remotas
Mas os números da Volvo Ocean Race não se ficam por aqui. Ao proibir a utilização de plásticos descartáveis nas Race Villages, a organização destaca que evitou “o uso de mais de 388 mil garrafas plásticas”.
Nos portos que serviram de paragem à regata, as sete conferências dos Oceanos (Ocean Summits) acolheram mais de “dois mil oradores e participantes”, somando ainda “mais de 114 mil crianças de 40 países” que participaram no Programa de Educação, tendo a exposição sobre sustentabilidade — The Globe — recebido a visita de “404 mil pessoas”.
Com a limpeza dos oceanos e a luta contra os plásticos como bandeira, os sete barcos que participaram na última edição da VOR largaram “30 boias científicas nas partes remotas dos oceanos”, sendo que “93% das amostras de água recolhidas pelas equipas durante a prova” nesses locais evidenciam “partículas de microplásticos”.
A mais recente edição da Volvo Ocean Race, será recordada ainda como a mais disputada de sempre com o vencedor a ser conhecido no último dia da prova em que três equipas partiram para a última etapa, um sprint até Haia, com hipóteses de se sagrarem vencedoras.
Recorde-se que no final de 126 dias de competição, o primeiro classificado — Dongfeng Race Team, do skipper Charles Caudrelier — ficou à frente do segundo classificado (MAPFRE) por apenas 16 minutos.
Uma nova era a partir de 2021
A edição de 2017-18 marcou o fim do mandato da Volvo como proprietária do evento. Um novo grupo de proprietários, liderado por Richard Brisius e Johan Salén, impulsionará o evento, com a Volvo a permanecer como um parceiro comercial.
A edição de 2021-22 que terá dois barcos em competição — IMOCA 60s e VO65s — começará em Alicante, Espanha, no outono de 2021, e terminará na Europa no início do verão de 2022, com até nove portos de escala. A rota completa da prova será confirmada no verão do próximo ano. “Pretendemos emitir a Notice of Race e abrir o período de inscrições no próximo mês e, ao mesmo tempo, iniciamos o processo de identificação das cidades-sede para as escalas”, assinalou Johan Salén.
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