Às 14h00 de hoje, as sete equipas participantes na Volvo Ocean Race arrancam da Doca de Pedrouços com destino à Cidade do Cabo, África do Sul.
No mapa da segunda etapa da Volvo Ocean Race (VOR), já se sabe que os espera sete milhas náuticas (13 mil quilómetros) e três semanas enfrentando todo o tipo de condições climatéricas, do muito vento à inexistência de qualquer brisa a que se devem adaptar todo o tipo de navegação.
Uma das etapas icónicas da regata tem de tudo. Parte da transição do Atlântico Norte, passa pelos “Doldrums”, também conhecidos como calmarias equatoriais e que pode entrar ligeiramente nos furiosos Mares do Sul, antes que chegar à Cidade do Cabo, cidade anfitriã da Volvo Ocean Race pela décima vez. E desta vez não há lugar à rondagem (“waypoint”) obrigatória do arquipélago de Fernando Noronha, no Norte do Brasil, o que pode abrir o cenário aos navegadores de velejarem mais junto à costa africana. Certo, é a habitual do batismo por Neptuno para os que cruzam pela primeira vez a linha do equador. Uma das “vitimas” será Frederico Pinheiro de Melo, o português que segue a bordo do barco com bandeira portuguesa Turn the Tide on Plastic.
Ou seja, uma navegação muito tática. “É uma etapa muito interessante, provavelmente mais do que em edições anteriores”, afirmou Charlie Enright, skipper do Vestas 11th Hour Racing, vencedor da primeira etapa. “Julgo que vamos ter a maior separação da frota a que assistimos nas últimas edições da Volvo Ocean Race. Vamos ver o que acontece”, deixou no ar David Witt, do Sun Hun Kai/Scallywag. “Podemos ir mais a Este”, adiantou Charles Caudrelier, do Dongfeng Race Team. “A diferença é enorme, mas perigosa taticamente. Tem de haver sempre equilíbrio e é difícil saber por onde vamos. Vai ser um pesadelo para os navegadores”, frisou.
Fernando Medina "salta" da popa do barco português
A partida, hoje, junto à Doca de Pedrouços, está marcada para as 14h00. Antes de passar o farol do Bugio, rumo a Sul, as sete equipas da VOR entram Tejo adentro, mais precisamente até ao Terreiro do Paço. Aí dão meia volta e seguem para completar os 99% da regata que têm pela frente.
Antes de saírem mar fora, em terra, há lugar ao tradicional desfile das esquipas.
Fernando Medina marca presença na despedida da Volvo Ocean Race a bordo do barco da equipa portuguesa, apoiada pela Fundação Mirpuri.
Como vem sendo tradição na Volvo Ocean Race, algumas personalidades têm a oportunidade de saltar da popa dos VO65. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa será um dos “jumpers” de Lisboa e despede-se da passagem da prova pela capital saltando da popa do Turn the Tide on Plastic para o rio Tejo.
Recorde-se que o Vestas 11th Hour Racing venceu a primeira etapa que ligou Alicante-Lisboa, de apenas 2800 km e seis dias. Depois de chegaram à cidade do Cabo, a frota da Volvo Ocean Race seguirá para Melbourne, Austrália.
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