No mar, durante uma regata, há erros que se podem pagar (muito) caro. Alex Gough, velejador da equipa Sun Hung Kai / Scallywag, que está na liderança da 4ª etapa da Volvo Ocean Race que liga Melbourne a Hong Kong, foi “cuspido” do Volvo Ocean 65 por uma onda durante uma mudança de velas.
"Ele (Gough) estava no outrigger, e eu ao leme, uma grande onda atirou-o para fora, como se fosse um cavalo", descreveu David Witt, skipper da embarcação com bandeira de Hong Kong.
Com homem cuspido para as águas do Pacífico, foi acionado o modo de resgate, com a equipa e a embarcação a terem que reverter a marcha para “apanhar” o velejador caído ao mar e que tinha ficado para trás. Gough regressou, ileso, a bordo em sete minutos. O velejador australiano que não estava a usar nem arnês nem colete salva-vidas, admitiu que tal podia ter-lhe custado caro. “Fui muito estúpido, mas, felizmente, eles estavam atentos. Deram meia-volta rapidamente”, disse. "Eu estou bem. Estou bem. Foi um pouco assustador... mas, vamos seguir”, frisou Alex Gough.
"O principal é que já está a salvo. Está seguro”, reforçou David Witt. “Mas acho que fica demonstrado a todos como é difícil encontrar uma pessoa na água. Mesmo num dia ensolarado, 18 nós de vento... Eu não gostaria de fazer isto com 20 nós, no escuro”, sublinhou o skipper australiano que reside em Hong Kong.
A manobra custou à Scallywag algumas milhas, mas, em virtude da vantagem que tinham, mantém-se na liderança da 4ª etapa da Volvo Ocean Race.
A frota de sete barcos serpenteia pelas ilhas e atóis da Micronésia quando falta menos de 2000 milhas náuticas (3700 km) para terminar a etapa que arrancou de Melbourne, na Austrália, no passado dia 2 de janeiro e entra, pela primeira vez no porto de Hong Kong, região que se estreia como escala da prova de circum-navegação por equipas. A chegada está prevista para dia 20.
As equipas da AkzoNobel e Dongfeng seguem no encalço da Sun Hung Kai / Scallywag, enquanto a tripulação que lidera a regata que dá a volta ao mundo, a MAPFRE, segue na 5ª posição.
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