Pelas 10:30, os títulos do Sporting perdiam 7,89% para 0,70 euros, tendo sido transacionadas 360 ações.
As empresas cotadas com pouca liquidez e dispersão bolsista, como é o caso da SAD do Sporting, têm uma negociação por chamada, ou seja, ocorre duas vezes por dia (às 10:30 e 15:30), embora as ordens estejam sempre a entrar no sistema.
Durante a tarde de terça-feira, cerca de 50 pessoas, de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, invadiram a Academia de Alcochete e, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal, agredindo vários jogadores e outros membros da equipa técnica.
A equipa principal do Sporting cumpria o primeiro treino da semana, depois da derrota no terreno do Marítimo (2-1), que relegou a equipa para o terceiro lugar da I Liga, iniciando a preparação para a final da Taça de Portugal, no domingo, frente ao Desportivo das Aves.
Na sequência da invasão à Academia ‘leonina’, a GNR deteve 23 suspeitos, apreendeu cinco viaturas ligeiras, vários artigos relacionados com os crimes e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do clube.
Os detidos foram já identificados, ficaram a conhecer os factos que lhe são imputados.
O Ministério Público disse na quarta-feira que os detidos pelas agressões a futebolistas do Sporting são suspeitos de práticas que podem configurar crimes de sequestro, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, e terrorismo, entre outros.
Na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol e de futebol, a Polícia Judiciária (PJ) deteve na quarta-feira quatro pessoas, incluindo o diretor desportivo do futebol do Sporting, André Geraldes, após buscas realizadas na SAD do Sporting, em Alvalade (Lisboa).
O Sporting confirmou a realização de buscas em instalações do clube e que dois colaboradores foram constituídos arguidos.
Também na quarta-feira, o presidente da Assembleia da República condenou a “situação gravíssima” de violência no treino de futebol do Sporting e apelou a “medidas sérias” da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e do Governo.
Ferro Rodrigues, em declarações no parlamento, afirmou também que “não pode ficar impune quem deu passos” no sentido da existência de “ódio, fanatismo e corrupção” no desporto, acrescentando que o ocorrido “ofende o país”, referindo-se à “perversidade autoritária e totalitária” de dirigentes desportivos e de “alguma comunicação social fanática”.
Hoje, o presidente do Sporting anunciou, numa nota pessoal enviada à Lusa, que vai mover um processo contra o Presidente da Assembleia da República, comentadores e jornalistas por o terem “difamado e caluniado”, após os atos de violência em Alcochete.
“Não posso aceitar que a segunda figura do Estado tenha sido mais taxativo e belicista, fazendo-me uma crítica violentíssima, não tendo a mínima noção do cargo que ocupa e da sua condição de sócio do Sporting Clube de Portugal. Será por isso um dos primeiros visados nas ações cíveis que vou mover, até pela posição relevante que ocupa na sociedade”, refere Bruno de Carvalho.
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