Em comunicado enviado à agência Lusa, a CVRA indicou que as vindimas no Alentejo já começaram e que as estimativas para a produção de vinho apontam para “um crescimento entre 5% e 10% em comparação com a campanha do ano anterior”.
“Aquela que é uma das maiores regiões vitivinícolas do país prevê que, em resultado desta colheita, se produzam entre 112 milhões e 118 milhões de litros de vinho”, adiantou a comissão vitivinícola.
Esta estimativa, realçou o organismo, resulta de um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto para a CVRA e do contacto que a comissão vitivinícola mantém com os produtores da região alentejana.
Segundo a CVRA, a campanha de vindimas deste ano começou mais cedo, em Serpa, no distrito de Beja, com a colheita de uvas para produção de vinho rosé, seguindo-se a colheita das castas brancas.
“A perspetiva é que, até meados de agosto, cerca de 25% dos produtores alentejanos tenham uvas nas adegas e espera-se que, até ao final de setembro, os mais de 23 mil hectares de vinha da região estejam vindimados”, referiu.
Citado no comunicado, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, Francisco Mateus, salientou que “as uvas colhidas são sãs, o que se refletirá em mais um ano de qualidade garantida”
“Considerando que estamos a crescer no estrangeiro, 8% em volume e em valor, é sinal que continuaremos a oferecer ao mercado a excelência já reconhecida de todas as regiões e sub-regiões alentejanas”, afirmou.
Em 2022, lembrou a CVRA, a região vitivinícola alentejana colheu cerca de 150 mil toneladas de uva, que resultaram em mais de 107 milhões de litros de vinho produzido.
A CVRA foi criada em 1989 e é responsável pela proteção e defesa da Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade.
O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% do valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal.
Com uma área de vinha de 23 mil hectares, 30% da sua produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais, designadamente Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.
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