“O banco social é um banco detido por instituições da economia social e, certamente ao longo de 2018 vão ter notícias, e boas noticias, sobre essa matéria”, afirmou Tomás Correia, à margem de uma conferência em Lisboa.
Esta declaração acontece cerca de duas semanas depois de deputados (PSD, CDS-PP) aprovarem uma recomendação ao Governo com o objetivo de impedir a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do Montepio, e de o ministro que tutela a Santa Casa, Vieira da Silva, admitir dias depois que o executivo “não tem posição final” decidida sobre o tema.
Sobre a entrada da Santa Casa, Tomás Correia afirmou: “Está a fazer o seu caminho, mas não é uma questão que diga respeito ao Montepio, que eu possa responder. Tem antes de ser colocada à Santa Casa da Misericórdia, para dizer o que pensa sobre o assunto”.
O presidente da Associação Mutualista falou ainda de ajudas financeiras estatais, mas apenas para reafirmar que não pretende recebê-las, mesmo depois de, em meados de abril, numa entrevista ao jornal Negócios, o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter anunciado disponibilidade para ajudar a instituição, sendo necessário, defendendo que o Governo é “o garante último” da estabilidade financeira.
Começando por “agradecer muito as preocupações” do ministro das Finanças, e classificando a ajuda como “uma disponibilidade razoável” e que “nem se poderia esperar outra coisa” do Governo, Tomás Correia voltou a afirmar: “O Montepio não precisa de ajudas de capital por parte do Estado, como nunca precisou ao longo da sua história”.
Em 04 de abril, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, assegurou no parlamento que o investimento na Caixa Económica Montepio Geral não se trata de um “salvamento” do banco e que há 20 a 30 instituições de solidariedade também interessadas em participar, ainda que de forma simbólica.
A Caixa Económica Montepio Geral é detida na totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral.
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