Pelas 11h06 em Tóquio (2h36 em Lisboa), a maior criptomoeda por capitalização estava a ser negociada a 103.800 dólares (98.684 euros) nas bolsas asiáticas.

Isto depois de, na quarta-feira, o presidente eleito dos Estados Unidos ter anunciado que pretendia nomear o advogado republicano Paul Atkins para liderar o regulador dos mercados financeiros norte-americanos, a SEC.

“Esta nomeação estratégica eletrizou a comunidade (…), reforçando o otimismo sobre um cenário regulamentar mais flexível” e, de um modo mais geral, “uma abordagem tolerante em relação ao mercado de ativos digitais em expansão”, observou Stephen Innes, analista da consultadoria SPI Asset Management.

No ano passado, Paul Atkins criticou publicamente o regulador, dizendo que devia ter sido “mais complacente” com as empresas de criptoativos, ao mesmo tempo que acusou a SEC de afastar os empresários do mercado norte-americano.

“O Paul reconhece que os ativos digitais são cruciais para tornar a América maior do que nunca”, comentou Donald Trump na sua rede Truth Social.

Paul Atkins vai suceder a Gary Gensler, que tem sido acusado pelos investidores em criptomoedas de ter uma abordagem repressiva da atividade.

Desde a vitória de Trump nas presidenciais dos Estados Unidos, a 6 de novembro, a bitcoin registou uma valorização superior a 46%.

O presidente eleito prometeu aliviar drasticamente as regulamentações sobre o setor da moeda digital, certificando que faria dos Estados Unidos “a capital mundial da bitcoin e das criptomoedas”.

Entre as medidas esperadas pelo setor das criptomoedas, está a criação de uma reserva estratégica nos Estados Unidos, composta maioritariamente por bitcoins apreendidas pela justiça, algo que poderá levar outros países a conceder mais legitimidade a esta moeda virtual.

Para o constituir, o Governo norte-americano comprometer-se-ia a não vender mais as bitcoins já na sua posse, principalmente apreendidas no âmbito de processos judiciais.

Em 2021, El Salvador foi o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal, numa medida que não teve grande impacto no que toca ao uso da criptomoeda por parte da população.