À margem de uma visita à SIBS (gestora da rede multibanco), na Amadora, o vice-presidente da Comissão Europeia afirmou que as regras para combater a lavagem de dinheiro são aplicadas sobretudo pelas autoridades nacionais, mas admitiu que poderá haver necessidade de mais coordenação europeia.
“Temos de pensar como podemos coordenar melhor este trabalho a nível europeu”, afirmou o político da Letónia, quando questionado sobre as acusações de lavagem de dinheiro no sistema bancário do seu país e que chegaram a alegadamente envolver o governador do banco central do país.
Em causa, disse, está saber o que mais se pode fazer no combate à lavagem de dinheiro por entidades como Banco Central Europeu ou o Mecanismo de Supervisão Europeu e a sua coordenação com autoridades nacionais.
De momento, acrescentou Valdis Dombrovskis, o assunto está a ser analisado pela Comissão Europeia.
A 13 de fevereiro, as autoridades financeiras norte-americanas colocaram o terceiro maior banco da Letónia, o ABLV, na lista de entidades que praticam lavagem de dinheiro, o que levou a um "abrupta corrida aos levantamentos de depósitos.
O banco foi entretanto alvo de uma medida de resolução e o governador do banco central da Letónia, Ilmars Rimsevics, chegou mesmo a ser interrogado durante horas pelo gabinete para a prevenção e luta contra a corrupção, tendo sido acusado pelo presidente do banco Norvik de ter sido subornado com 100 mil euros.
De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o presidente do BCE, Mario Draghi, queixou-se aos seus pares de falta de informação por parte das autoridades da Letónia quanto aos vários escândalos que têm afetado o sistema financeiro da Letónia nas últimas semanas.
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