Falando durante uma audição na comissão de Trabalho e Segurança Social, a ministra referiu o aumento do número de desempregados no Algarve, para salientar que esta é uma região “com uma preocupação acrescida”.
Os dados disponíveis indicam que, em maio, nesta região, estavam inscritos nos centro de emprego mais de 27 mil desempregados, número que traduz um aumento de 41% face a fevereiro e de 202% face ao mês homólogo do ano anterior.
A ministra adiantou que o programa que está a ser desenhado para o Algarve terá medidas específicas que incluem formação profissional, apoio ao emprego e cooperação com parceiros regionais.
Neste contexto, salientou a preparação de projetos piloto na área do mercado social de emprego.
Numa audição em que fez o balanço das medidas de apoio excecionais tomadas para responder ao impacto da covid-19 e apontou algumas das prioridades, Ana Mendes Godinho referiu que o programa está a ser desenhado em cooperação com parceiros regionais.
No relatório “Perspetivas de emprego”, divulgado na terça-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que podem ser destruídos mais de 40% dos empregos no Algarve, devido à pandemia, por esta ser uma região em que o turismo tem um peso significativo.
“Alguns dos maiores destinos turísticos na Europa, como Creta, ilhas do sul da Grécia, as ilhas Canárias e as Baleares (Espanha), assim como o Algarve (Portugal) podem perder 40% ou mais dos empregos”, refere o relatório.
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