As estatísticas mensais relativas a setembro publicadas pela DGERT indicam que nos primeiros nove meses do ano foram comunicados 271 despedimentos coletivos, uma queda de 48% face ao período homólogo.
Entre janeiro e setembro, o número de trabalhadores a despedir totalizou 3.166, tendo sido efetivamente despedidos 2.705, um número que compara com 5.382 trabalhadores despedidos no mesmo período do ano anterior.
A maioria dos processos registou-se nas microempresas (96 processos) e nas pequenas empresas (94), seguindo-se as médias (48) e as grandes empresas (27).
Tendo em conta apenas o mês de setembro, foram comunicados 23 processos de despedimento coletivo, um número inferior aos 66 do mesmo mês de 2020, mas superior em relação ao mês de agosto, quando foram comunicados 18 processos.
O número de trabalhadores a despedir em setembro totalizou 324, tendo sido despedidos 271, já que três trabalhadores viram o seu processo revogado e 50 foram abrangidos por outras medidas que não são especificadas.
Lisboa e Vale do Tejo foi a região com maior percentagem de despedimentos coletivos (73%), seguida do Norte (18%) e do Centro (9%).
Mais de 40% dos despedimentos coletivos em setembro ocorreram nas pequenas empresas.
Foi nas indústrias transformadoras e no comércio por grosso e a retalho bem como na reparação de veículos automóveis e motociclos que se registaram mais processos (cada um com 26%), seguindo-se as atividades administrativas e dos serviços de apoio (13%) e as atividades financeiras e de seguros e as atividades de informação e de comunicação, ambas com 9% do total.
Também se verificaram processos de despedimento coletivo nas atividades imobiliárias (5%), no alojamento, restauração e similares (4%), na educação (4%) e na construção (4%).
Os dados de setembro permitem ainda verificar que, no terceiro trimestre do ano, foram iniciados 69 processos de despedimento coletivo, uma redução face ao trimestre anterior (79) e face ao homólogo (154).
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