A Embraer atribuiu as perdas ao menor resultado operacional e ao aumento de impostos no ano passado.
Apesar das perdas, a receita bruta da empresa aumentou 16,4%, para 21,8 mil milhões de reais (3,9 mil milhões de euros), impulsionada principalmente pela variação cambial e pelo aumento do volume de negócios nas áreas de Defesa e Segurança (39%), Aviação Executiva (35%) e Serviços e Suporte (16%).
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 725,6 milhões de reais (132,2 milhões de euros), com margem de 3,3%.
A Embraer informou também que entregou 89 aeronaves comerciais e 109 jatos executivos aos seus clientes no ano passado. Em 2018, a empresa entregou 90 aeronaves comerciais e 91 executivas.
Segundo a fabricante de aeronaves brasileira, a carteira de pedidos totalizava 16,8 mil milhões de dólares (3 mil milhões de euros) no final do ano passado.
No comunicado, a Embraer afirmou que até o momento não sofreu atrasos na sua cadeia de peças, operação de fabricação ou impactos “relevantes” na procura dos seus produtos como resultado da crise causada pela pandemia de covid-19.
No entanto, a empresa especificou que suspendeu as projeções dos resultados para 2020 “devido à incerteza relacionada ao impacto da propagação do novo coronavírus”.
“Se as medidas tomadas em todo o mundo na tentativa de retardar a propagação do vírus persistirem, a economia global será impactada negativamente, o que poderá impactar negativamente a Embraer”, afirmou a empresa na nota.
“Não podemos garantir, neste momento, em que medida o vírus e as medidas para tentar contê-lo afetarão a empresa”, enfatizou.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.
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