As associações que integram o CERC reivindicam a criação de um “programa de apoio à modernização do comércio, com a maior brevidade possível, assim como a criação de avisos de candidatura no âmbito do PT2030 [Portugal 2030] desenhados especificamente para os desafios do comércio e serviços de proximidade”, afirma o CERC, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
O setor tem vindo a atravessar “revoluções sucessivas que o obriga a adaptar-se e reinventar-se” constantemente - exemplo disso é a transformação digital.
“A pequena dimensão dos operadores, leia-se fraca capacidade de investimento em processos de evolução tecnológica, associada à insuficiente capacitação digital dos empresários e dos seus quadros, torna este processo de transição verdadeiramente difícil”, sublinha a mesma nota.
O Estado, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), promete promover a transição digital das empresas do setor com duas medidas: Bairros Comerciais Digitais, com 52,5 milhões de euros, mais um previsível reforço de 25 milhões, e Aceleradoras de Comércio Digital, com 55 milhões de euros.
De acordo com o CERC, os apoios à transformação digital lançados pelo Governo não terão o “efeito desejado”, se não forem complementados por um programa de apoio ao investimento das empresas, direcionado para a “modernização dos estabelecimentos comerciais e de serviços de proximidade, com ênfase nos investimentos em transformação digital, mas que também preveja investimentos na modernização física dos estabelecimentos”.
O Conselho Empresarial refere que o último programa de apoio à modernização do comércio ocorreu há mais de uma década e, no âmbito do Portugal 2020, estes projetos “não tinham enquadramento previsto, ou seja, não tinham possibilidade de se candidatar”.
No entanto, o Fundo de Modernização do Comércio continua a ser alimentado, “ano após ano, com as receitas decorrentes dos licenciamentos de centros comerciais e grandes superfícies especializadas”, acrescenta.
Para os representantes do CERC, o Governo teima em “não cumprir com a ideia base deste Fundo, que consiste em reverter as taxas arrecadadas com o licenciamento das grandes superfícies para a modernização do pequeno comércio”.
O Conselho Empresarial da Região de Coimbra é constituído por 13 organizações empresariais: associações Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira (ACIBA), Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa (ADEC), Comercial e Industrial do Interior (ACII), Empresarial de Cantanhede (AEC) e Empresarial de Poiares (AEDP).
As associações Empresarial de Mira (AEM), Empresarial da Pampilhosa da Serra (AEPS), Empresarial de Soure (AES) e Empresarial Serra da Lousã (AESL) e a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), o Clube de Empresários de Mirando do Corvo (CEMC) e o Núcleo Empresarial de Penela (NEP) também integram o Conselho Empresarial da Região de Coimbra.
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