Em comunicado, em antecipação à Síntese de Execução Orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO), o Ministério liderado por Fernando Medina recorda que, apesar da melhoria homóloga, o saldo orçamental recuou em relação ao excedente de 962 milhões registado até abril.
De acordo com as Finanças, esta evolução resulta de uma desaceleração da receita (ajustada) – crescimento de 7,7% até maio, o que compara com 9,5% até abril – e uma aceleração da despesa – de 4,8% até maio, o que compara com 3,6% em abril.
Do lado da receita, o Governo destaca os aumentos de 8,1% na receita fiscal e de 11,6% na receita com contribuições sociais, “refletindo as dinâmicas positivas observadas no mercado de trabalho”.
Do lado da despesa, por um lado, verifica-se uma redução das despesas associadas à pandemia, mas por outro, “começa a refletir-se de forma mais evidente o impacto na despesa das medidas de reforço de rendimentos anunciadas no final de março e em abril”.
Entre estas medidas estão, por exemplo, a atualização de 1% das tabelas remuneratórias e aumento do subsídio de refeição em 15,4% da Administração Pública e as medidas de apoio direcionadas às famílias.
Tal como o ministro das Finanças já tinha sinalizado esta semana no parlamento, o Ministério da tutela salienta que “a aceleração da despesa tenderá a continuar nos próximos meses, refletindo a globalidade das medidas”, a que acresce “o reflexo da inflação nos contratos públicos”.
“Excluindo as medidas extraordinárias (medidas covid-19 e de mitigação de choque geopolítico), a despesa efetiva cresce 8,2% em termos homólogos (6,9% em abril), enquanto a despesa primária (excluindo juros) cresce 8,9% em termos homólogos (8,7% em abril) e 21% face a igual período de 2019”, indica.
Os dados divulgados hoje pelo Governo são na ótica da contabilidade pública, que difere da contabilidade nacional, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e a que conta para Bruxelas.
(Artigo atualizado às 16h49)
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