Às 13h15 em Lisboa, a moeda europeia perdia 0,23% face ao dólar e cotava-se a 1,0316 dólares, depois de ter mergulhado para 1,0314 dólares, o nível mais baixo desde finais de novembro de 2022 face à moeda norte-americana.
No mercado de câmbios, o dólar também se fortaleceu em relação à moeda britânica, que cedeu 0,51% para 1,2453 dólares, após ter descido 1,2435 dólares, o nível mais baixo desde abril de 2024.
“Trata-se simplesmente de uma continuação da tendência de alta do dólar registada no segundo semestre do ano passado, em particular após a vitória de Donald Trump” nas eleições presidenciais norte-americanas, segundo Russ Mould, analista da AJ Bell, entrevistado pela AFP.
Em contrapartida, a moeda japonesa manteve-se firme face ao dólar, beneficiando do otimismo dos economistas japoneses quanto a novas subidas das taxas pelo Banco Central do Japão (BoJ) em 2025.
À mesma hora, o iene estava praticamente estável (+0,01%) em relação ao dólar, a cotar-se a 157,21 ienes.
Com base em economistas japoneses, o Japan Times estimou na quarta-feira que o BoJ deverá aumentar as taxas duas ou três vezes este ano, o que poderá levar a taxa diretora para 1,00% pela primeira vez em três anos.
O BoJ começou a normalizar a sua política monetária em março passado, tendo aumentado as taxas duas vezes em 2024. Mas na última reunião, em dezembro, o governador do BoJ, Kazuo Ueda, falou de uma pausa prolongada na restritividade da política monetária, tendo em conta o clima de incerteza económica.
Nos Estados Unidos, a Reserva Federal (Fed) está agora a considerar apenas duas reduções das taxas de juro este ano, em comparação com as quatro anteriormente previstas.
Analistas citados pela AFP, acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) deverá reduzir as taxas a um ritmo mais sustentado do que a Fed, tendo em conta o fraco crescimento económico na zona euro, onde a inflação está próxima do objetivo de 2% fixado pelo BCE.
Quanto ao banco central britânico (BoE), o mercado continua a prever dois a três cortes nas taxas em 2025.
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