De acordo com o banco central, esta evolução reflete a diminuição de 823 milhões de euros do défice da balança de bens, devido a um aumento das exportações superior ao das importações, assim como o aumento do excedente da balança de serviços, de 1.965 milhões de euros, justificado maioritariamente pela evolução do saldo de viagens e turismo (+1.617 milhões de euros) e dos serviços de transporte (+183 milhões de euros).

Já o défice da balança de rendimento primário diminuiu 1.340 milhões de euros, na sequência de uma maior atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios, enquanto o excedente da balança de rendimento secundário aumentou 242 milhões de euros, sobretudo devido a uma menor contribuição financeira de Portugal para o orçamento da União Europeia.

Quanto à balança de capital, viu o respetivo excedente recuar 75 milhões de euros, em grande parte devido à evolução das operações de compra e venda de ativos intangíveis ao exterior, nomeadamente licenças de dióxido de carbono (CO2) e passes de atletas.

Até outubro, a capacidade de financiamento da economia portuguesa levou a um saldo da balança financeira de 9.377 milhões de euros, contra 5.581 milhões de euros há um ano.

Este saldo refletiu o aumento dos ativos financeiros sobre o exterior de 21.590 milhões de euros e dos passivos externos de 12.213 milhões de euros.

De acordo com o BdP, “todos os setores institucionais contribuíram para a variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo, à exceção das sociedades não financeiras”.

Considerando apenas o mês de outubro, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 1.171 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 805 milhões de euros face ao mesmo mês de 2023.