“É importante referir que as vendas, para o mês de junho, de componentes automóveis para o exterior mantiveram o movimento descendente pelo 3.º mês consecutivo mostrando, no entanto, uma melhoria em relação ao mês anterior: abril (-0,3%); maio (-21,0%) e junho (-1,4%)”, pode ler-se no comunicado da AFIA hoje divulgado.
No mês de junho, as exportações ficaram nos 705 milhões de euros, mas “no acumulado até junho de 2021 as exportações atingiram os 4.837 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 3,6% relativamente ao período homólogo de 2019”, anterior à pandemia de covid-19.
“Ou seja, no primeiro semestre de 2021 as vendas ao exterior estão 183 milhões de euros abaixo ao verificado em igual período de 2019”, vinca a AFIA.
Quanto aos destinos das exportações até junho, comparando com o mesmo período de 2019, “Espanha mantém a primeira posição com vendas de 1.408 milhões de euros (+5,0%), seguida da Alemanha com 976 milhões de euros (-6,5%) e em 3.º lugar surge a França com um registo de 591 milhões de euros (-21,1%)”, e as exportações para o Reino Unido totalizaram 238 milhões de euros (-43,7%).
Apesar do nível de exportações se aproximar do período anterior à covid-19, a AFIA alerta para que “a situação continua muito instável e a ser muito influenciada pela situação da pandemia, pela escassez de semicondutores e componentes eletrónicos, que está a afetar atividade dos construtores de automóveis”.
“Algumas fábricas de construção automóvel na Europa atrasaram ou tiveram mesmo que parar temporariamente a produção por falta de chips, pelo que esta situação também está a afetar, obviamente, a indústria portuguesa de componentes para automóveis dadas as paragens na produção dos seus clientes”, salienta a associação empresarial.
A AFIA refere ainda que há “falta de matérias-primas (aço, componentes metálicos, polímeros, borracha…) ou atrasos no seu fornecimento”, bem como o aumento dos seus preços.
No total da economia nacional, as exportações e importações de bens aumentaram em termos nominais, em junho, face a igual período do ano passado, em 21,4% e 29,4%, respetivamente, adiantou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), em comunicado.
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