São Unicórnios, construtoras, consultoras, escritórios de advogados, bancos, cervejeiras, operadoras de telecomunicações e de infraestruturas de transporte, TI’s, têm como core business a saúde, dedicam-se aos call centers, integram os setores dos Recursos Humanos, prestam serviço postal, dedicam-se ao turismo, são multinacionais da pasta e do papel, da cortiça e do têxtil.
Juntas, integram o lote das 50 empresas portuguesas com faturação superior a 55 mil milhões de euros, empregam mais de 200 mil pessoas e, assinam hoje o “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, comprometendo-se, até 2026, a contratar, formar, desenvolver e a dar voz, bem como, a reter e garantir emprego de qualidade aos jovens trabalhadores.
A iniciativa, apresentada hoje (14h30) no Factory Lisbon, Hub Criativo Beato, em Lisboa, senta à mesma mesa a Fundação José Neves (FJN) e a Secretaria de Estado do Trabalho e conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.
“É um acordo muito importante para o país, que une as empresas e entidades públicas para responder a uma realidade com que o país se debate há demasiados anos: a vulnerabilidade do emprego dos jovens, mesmo dos mais qualificados, que tendem a estar mais expostos ao desemprego e a ter salários baixos, e com uma fraca evolução em termos reais na última década”, destacou Carlos Oliveira, Presidente Executivo da Fundação José Neves, citado em comunicado.
Ainda de acordo com a nota enviada às redações, a secretaria de Estado do Trabalho propõe reforçar as políticas ativas de emprego, “como o apoio à criação de emprego e à transição dos jovens para o mercado de trabalho, assim como a implementação de políticas de formação, qualificação e emprego, para continuar a trajetória que aproxime Portugal da média europeia”.
O Pacto agora apresentado nasceu a partir do Livro Branco “Mais e Melhores Empregos” para os Jovens, lançado em dezembro de 2022, igualmente apadrinhado pela FJN, e pelo Observatório do Emprego Jovem e a Organização Internacional do Trabalho para Portugal.
Para além do diagnóstico sobre o emprego dos jovens (aqui considerados até aos 29 anos) em Portugal e a sua vulnerabilidade (a taxa de desemprego dos jovens com menos de 25 anos tem sido mais do dobro da população em geral desde 2015, valores que subiram para 3,5 vezes mais durante a pandemia), o Livro Branco aponta áreas de intervenção prioritária para a criação de mais e melhores empregos para os jovens. Em especial, foca o raio de ação nos setores do conhecimento e da tecnologia, e procura estimular uma melhor articulação entre o ensino e o mercado laboral.
Após a formalização com as 50 empresas iniciais, o objetivo do Pacto “Mais e Melhores Empregos para os Jovens” passa por alargar o número de signatários e transformá-lo num movimento nacional, assumem os responsáveis. “Esperamos ainda que muitas mais empresas se juntem. O papel das empresas é fundamental para uma alteração estrutural desta situação”, lança o repto o presidente executivo da organização criada pelo fundador da Farfetch, unicórnio português e um dos signatários do Pacto ao qual estão também associados a Associação Business Roundtable Portugal, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), e o Observatório do Emprego Jovem, responsável pela monitorização do Pacto.
Na assinatura, para além de representantes das 50 empresas e de jovens que integram os seus quadros, estará, entre outros, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho e José Neves, Fundador da Fundação José Neves.
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