O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, lidera a comitiva portuguesa a Davos, Suíça, que integra o secretário de Estado da Internacionalização, contando "com muitos contactos" durante os "três dias muito intensos" que vai ter no Fórum Económico Mundial.
"Devemos aproveitar todas estas oportunidades" que permitam dar a conhecer Portugal, disse o governante à Lusa na véspera da partida para Davos.
"E nós vamos aproveitar todas as oportunidades (...) para fazermos o máximo de contactos para promover o nosso país", salientou Pedro Siza Vieira.
Sob o tema "Globalização 4.0", o Fórum deste ano é marcado não só pela ausência do Presidente norte-americano, Donald Trump, bem como por toda a delegação oficial que iria representar o país, devido à paralisação administrativa em Washington, o que se traduz numa situação inédita em quase meio século da história deste evento.
A juntar-se a isto, destaque também para as ausências do Presidente francês, Emmanuel Macron, e da primeira-ministra britânica, Theresa May.
O presidente executivo e fundador do fórum, Klaus Schwab, já reconheceu que existe um "grande nível de incerteza generalizada" porque as pessoas "sentem-se inseguras e já não acreditam que o mundo de amanhã será melhor que hoje".
O evento acontece numa altura em que a situação económica e política a nível internacional levanta dúvidas sobre o futuro, com a manifestação dos 'coletes amarelos' em França, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia ('Brexit') e a insistência de Trump na construção de um muro na fronteira com o México.
Há pelo menos duas décadas que o Fórum de Davos alerta para que "o excesso de globalização" levaria a uma "situação de desequilíbrio e desigualdade" a qual "não era sustentável sem responsabilidade social", recordou Schwab.
No entanto, ficou assente que o Fórum não pretende deixar que a atualidade e as suas múltiplas crises catalisem os debates e conversas que vão decorrer até 25 de janeiro em Davos, num fórum que reúne cerca de 3.000 participantes, entre os quais mais de 60 chefes de Estado e de Governo, uma centena de responsáveis ministeriais e outros tantos dirigentes das empresas mais influentes de cerca de 20 indústrias.
As alterações climáticas serão um dos temas emblemáticos deste encontro, em que a posição cética não está representada por Trump, mas antes pelo novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que tem ameaçado retirar o país do Acordo de Paris.
A Europa será representada pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.
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