“Este ano vamos ter um investimento mínimo de 10 milhões de euros em Portugal, mas o objetivo é chegar aos 50 milhões de euros assim que possível”, disse o diretor-geral da fundação bancária La Caixa, Jaume Giró.
O responsável, que falava em Lisboa numa conferência de imprensa sobre o plano de ação social para o país, notou que a fundação vai “tentar chegar” àquela verba.
Em causa estão programas que já estão a arrancar, por exemplo, na área dos cuidados paliativos.
Na apresentação deste plano de ação social, o presidente honorário do BPI, Artur Santos Silva, explicou que “arranca hoje um concurso para a mobilização de instituições para uma intervenção poderosa na área dos cuidados paliativos”.
O objetivo é selecionar entidades privadas que deem assistência psicossocial e espiritual a doentes avançados e aos seus familiares, apontou o banqueiro, que faz agora parte da administração da fundação La Caixa e é o responsável pelo plano em Portugal.
Nesta área, pretende-se criar entre sete a 14 equipas de apoio psicossocial e o mesmo número de equipas domiciliárias de cuidados paliativos.
Outra área que Artur Santos Silva considerou ser “muito necessária” é a da investigação, razão pela qual serão suportados projetos na área dos cuidados paliativos, com a atribuição de 10 bolsas de qualificação de especialistas e a criação de três “centros de excelência em cuidados paliativos” para promover a formação.
Só nesta área da investigação, a fundação La Caixa estima gastar 12 milhões de euros em 2018 para Espanha e Portugal, verba na qual se inclui uma parceria com a Fundação de Ciência e Tecnologia — que será apresentada na quinta-feira — para promover trabalhos sobre doenças cardiovasculares, oncologia, doenças infecciosas e neurociências.
De acordo com Artur Santos Silva, a fundação pretende também promover a integração laboral de pessoas em situação de vulnerabilidade, pelo que vai “mobilizar” 30 entidades sociais portuguesas em Lisboa, Porto e Coimbra através da iniciativa “Incorpora”.
A fundação vai, ainda, apostar na divulgação cultural em diferentes territórios, começando por levar uma exposição sobre “A Floresta” aos municípios de Viseu, Braga e Portimão.
Para 2019, o foco será na problemática da pobreza infantil, adiantou Artur Santos Silva, notando a “presença muito forte” que a iniciativa vai ter.
Fora destes âmbitos, a fundação vai promover um “projeto especial” para dinamização das regiões transfronteiriças, no qual serão apoiados projetos-piloto com um máximo de três anos.
O objetivo é criar ações de prevenção e adaptação a riscos naturais ou antropogénicos, consolidar polos de especialização e ainda atrair turistas, foi hoje anunciado.
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