Viera da Silva falava no final do Conselho de Ministros, após ter sido confrontado com os dados referentes ao impacto do aumento da esperança de vida no fator de sustentabilidade em relação à determinação da idade de reforma para 2019, o que fará com que a idade legal da reforma passe para os 66 anos e cinco meses nesse mesmo ano.
"É assim que está organizado o nosso modelo de sistema de pensões. Obviamente, se nada houver em contrário, esse será o valor que vigorará para 2019 no que respeita à idade legal da reforma", alegou o membro do executivo.
Logo a seguir, porém, Vieira da Silva referiu que hoje, também, foram conhecidos os dados consolidados do Produto Interno Bruto (PIB) que "garantem que o crescimento da economia para efeitos da atualização das pensões se situou na média dos dois anos acima dos 2%".
"Tal confirma a perspetiva aquando do recente debate orçamental. Este ano, pela primeira vez, ao fim de vários anos, haverá para a generalidade um aumento real do poder de compra" por parte dos beneficiários de pensões, disse.
De acordo com o titular das pastas do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, esse "é um dado extremamente positivo, porque terá um efeito muito significativo para a esmagadora maioria dos pensionistas".
"A esmagadora maioria dos pensionistas terá um aumento real das suas pensões em 2018", acrescentou.
Na conferência de imprensa, Vieira da Silva foi questionado sobre o calendário para o eventual fim da aplicação do fator de sustentabilidade.
No que respeita ao efeito aplicado às situações de antecipação da idade da reforma, o membro do executivo referiu que já foi iniciado um processo de revisão da legislação nessa área.
"O Governo mantém no seu programa a revisão de todo o modelo de flexibilização da idade da reforma, mas não tem ainda nenhuma data para a sua concretização", declarou Vieira da Silva.
[Notícia atualizada às 15h16]
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