“O aumento do custo dos fatores de produção, associados à produção agrícola, como os combustíveis e a energia, os adubos e os transportes de uma forma geral, tornam incontornável uma subida dos preços dos produtos em toda a cadeia de produção e distribuição agroalimentar, com reflexo nos preços pagos pelo consumidor final”, afirmou o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, em resposta à Lusa.
Assim, tendo em conta que estes custos impactam todos os tipos de produção e em todas as regiões do país, a subida de preços vai sentir-se, “como parece inevitável”, de forma generalizada, embora com “naturais diferenças de intensidade”.
À subida dos custos dos fatores de produção, acresce ainda a escassez de “todo o tipo de produtos e equipamentos”, verificando-se “atrasos já muito significativos nas entregas”.
Para a CAP, esta “incerteza” faz com que se coloque em causa a possibilidade de se concretizar determinadas culturas.
Em causa, estão produtos como adubos, que tiveram uma subida na ordem dos 50%, mas também tratores, cuja disponibilidade “em tempo útil”, está cada vez mais comprometida.
Segundo Eduardo Oliveira e Sousa, perante isto, quem produz tem que abastecer-se em maiores quantidades para prevenir ruturas, o que contribui para reduzir a oferta e agravar a subida de preços, “mais uma vez com reflexo inevitável nos preços pagos pelo consumidor no futuro próximo”.
Para a CAP, deveria verificar-se uma redução da carga fiscal associada aos combustíveis e à eletricidade para reduzir os impactos nos custos de produção e o efeito da escalada de preços.
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