A maioria dos economistas das principais instituições nacionais e internacionais esperam que o PIB português tenha crescida entre 6,5% e 6,8% em 2022, uma revisão em alta face ao que se chegou a projetar após o despoletar da guerra na Ucrânia.
No final de dezembro, o ministro das Finanças afirmou-se convicto de que Portugal finaliza “o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%”.
Esta taxa fixa-se acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro.
A previsão não oficial do executivo alinha com a do Banco de Portugal (BdP), o mais otimista entre as principais instituições nacionais e internacionais e que ao longo do ano passado foi revendo em alta a perspetiva de crescimento do PIB português: em março cortou as previsões para 4,9%, em junho melhorou para 6,3%, em outubro para 6,7% e em dezembro para 6,8%.
As projeções das restantes instituições são semelhantes: o Conselho das Finanças Públicas (CFP) espera uma expansão do PIB de 6,7%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) 6,7% e a Comissão Europeia 6,6%. Já o Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento do PIB de 6,2%.
A concretizarem-se as previsões, a taxa de crescimento irá fixar-se acima da registado em 2021, quando o PIB avançou 5,5%.
O PIB português aumentou 4,9% no terceiro trimestre de 2022 face ao mesmo período de 2021 e cresceu 0,4% relativamente ao segundo trimestre, segundo dados do INE.
O Governo tem revelado também algum otimismo para este ano, tendo o primeiro-ministro, António Costa, já afirmado que os indicadores da economia reforçam a convicção de que a economia portuguesa irá crescer em 2023 mais do que o inicialmente previsto.
“Há melhores perspetivas para a economia europeia e mundial. Isso reforça a convicção de que nós, este ano, não só vamos crescer como tínhamos previsto, como podemos crescer mais do que aquilo que tínhamos previsto”, disse em declarações aos jornalistas no concelho de Castelo Branco.
Comentários