Na síntese de conjuntura de outubro hoje divulgada, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) refere que, “no geral, apesar de incompleta, a informação relativa ao terceiro trimestre torna bastante provável que o crescimento homólogo do PIB se tenha mantido próximo do verificado no segundo trimestre, estimando-se que este crescimento tenha atingido os 2,9%”.
Assim, este valor, acrescentam, “torna mais provável que o crescimento para a totalidade do ano de 2017, anteriormente previsto entre 2,6% e 3,0%, se venha a situar na banda superior desse intervalo”.
Na síntese de conjuntura anterior, divulgada em 29 de setembro, o ISEG tinha melhorado a previsão de crescimento da economia portuguesa para o intervalo entre 2,6% e 3% este ano, dois pontos acima da projeção anterior.
Os economistas do ISEG referem agora que “o indicador de tendência da atividade global […] mantém-se num patamar que corresponde a um nível de crescimento homólogo elevado. Para a evolução mais recente contribuíram, com ligeiras desacelerações no crescimento homólogo, o volume de negócios no comércio a retalho e nos serviços, e o consumo do cimento, e com uma aceleração mais pronunciada o índice de produção industrial, está ligada ao crescimento homólogo da produção automóvel”.
Ainda assim, no presente, “verifica-se alguma estabilidade neste indicador de tendência global e, possivelmente do nível de crescimento do PIB, pelo menos desde abril”, referem.
Assim, em termos dos grandes agregados da procura, os economistas do ISEG admitem que o terceiro trimestre se tenha caracterizado por “um crescimento homólogo com ligeira desaceleração da Procura Interna (tanto no Consumo Privado quanto na Formação Bruta de Capital Fixo) o qual pode ter sido compensada por um contributo mais positivo da Procura Externa Líquida, uma vez que o forte crescimento da produção automóvel se dirige sobretudo à procura externa”.
O Governo melhorou também as estimativas para este ano, prevendo um crescimento económico de 2,6% e um défice orçamental de 1,4%. Quanto à taxa de desemprego, deve descer de 9,2% este ano para 8,6% no próximo.
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