Em comunicado, a AdP aponta a “alienação do negócio dos resíduos em 2015” e a “necessidade de constituição em 2016 de provisões para riscos de atividade” como “as principais justificações” para a diminuição do resultado líquido no ano passado face a 2015, exercício no qual tinha registado um resultado extraordinário de 166 milhões de euros.
Segundo o relatório e contas da empresa, hoje aprovado em assembleia-geral de acionistas, no ano passado a AdP diminuiu o endividamento líquido em cerca de 100 milhões de euros, para 2.044 milhões de euros, e aumentou em 7% o ‘cash-flow’ operacional, para 306,3 milhões de euros.
Em 2016 a Águas de Portugal registou ainda uma diminuição do défice tarifário para 36,2 milhões de euros, menos de metade do de 2015, e uma redução em 13% da dívida dos clientes, tendo o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ajustado somado 306,3 milhões de euros.
“Em 2016 foram dados passos decisivos para desenvolver e estabilizar a organização regional e empresarial do grupo AdP e em simultâneo foram alcançados resultados significativos. A redução do endividamento financeiro em 100 milhões de euros e o aumento do ‘cash-flow’ operacional consolidam a nossa sustentabilidade económica e financeira”, destaca o presidente do Conselho de Administração, João Nuno Mendes, citado no comunicado.
A AdP é uma sociedade anónima de capitais públicos gestora de participações sociais que, através das suas subsidiárias, tem como principal atividade a gestão do ciclo urbano da água, operando vários sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais.
Constituído em 1993, o grupo AdP presta serviços aos municípios, que são simultaneamente acionistas das empresas gestoras dos sistemas multimunicipais (sistemas em ‘alta’), e servindo diretamente as populações através de sistemas municipais (sistemas em ‘baixa’) de abastecimento de água e de saneamento.
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