Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cofina refere que o “forte crescimento registado nas receitas de publicidade, superior em 22% face ao mesmo período de 2021, com destaque para o crescimento de 40,7% na CMTV, conduziram a Cofina a um incremento de receitas de 5,9% nos primeiros seis meses deste ano para 37,6 milhões de euros”.
As receitas de publicidade subiram 22,3% para 13,5 milhões de euros e as de circulação recuaram 7,5% para 14,7 milhões.
“Os custos operacionais registaram um aumento de 7,1% atingindo 31 milhões de euros. Este aumento de custos reflete o investimento realizado na cobertura da guerra na Ucrânia, mas também a inflação generalizada de preços, nomeadamente no custo do papel, eletricidade e combustíveis, este último tem provocado um acréscimo dos custos de distribuição”, explica a Cofina, no comunicado.
Em igual período, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu os 6,6 milhões de euros, uma progressão de 0,3% em termos homólogos.
No final de junho, “a dívida líquida nominal da Cofina era de 31,6 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de aproximadamente 6,5 milhões de euros relativamente à dívida líquida nominal registada a 30 de junho de 2021, e uma redução de 2,3 milhões de euros face à dívida nominal líquida registada no fecho do ano de 2021”.
As receitas totais da CMTV atingiram os 9,7 milhões de euros, “o que corresponde a um aumento de 19,7% face ao período homólogo de 2021”. Já as receitas de publicidade de televisão “cresceram 40,7% e atingiram 5,6 milhões de euros”.
As receitas provenientes de ‘fees’ de presença e outros atingiram 4,1 milhões de euros.
Os custos operacionais subiram 14,1% devido “não apenas à inflação generalizada de custos, mas também ao acréscimo significativo de custos decorrentes do investimento realizado na cobertura no terreno da guerra na Ucrânia, com o objetivo de, também em cenários internacionais, a CMTV assegurar a liderança da cobertura informativa”, explica a Cofina.
O EBITDA da televisão foi de 2,7 milhões de euros, mais 37,3% face a igual período de 2021.
“Durante o primeiro semestre de 2022, o canal CMTV reforçou o seu peso enquanto quarto maior canal generalista, com o ‘share’ de 4,4%, só ultrapassado por três canais generalistas presentes” em sinal aberto, adianta, enquanto no cabo “é líder destacado, com um ‘share’ de cerca de 8,4%”.
Na imprensa, que inclui os jornais diários Correio da Manhã, Record e Jornal de Negócios, as revistas Sábado e TV Guias e os respetivos ‘sites’, bem como a área de Boost (eventos, activation e publishing), as receitas totais “atingiram cerca de 27,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 1,8% face ao período homólogo”.
As receitas associadas à circulação caíram 1,2 milhões de euros (para 14,7 milhões) e as provenientes de publicidade e associadas aos produtos de marketing alternativo e outros registaram aumentaram 12% e 18,7%, para 7,9 milhões de euros e 5,2 milhões de euros, respetivamente.
Os custos operacionais totalizaram 24 milhões de euros, “registando um aumento de 5,3%, explicado sobretudo pelo aumento de preços não previsto, nomeadamente no papel, eletricidade e combustíveis, que impactam negativamente os custos de produção e distribuição”, adianta a Cofina.
O EBITDA do segmento imprensa somou 3,9 milhões de euros, “uma redução face aos 4,6 milhões verificado um ano antes”.
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