Segundo as “Estatísticas de fluxos entre estados do mercado de trabalho”, do total de pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre de 2024, 52,8% (195,1 mil) permaneceram nesse estado no segundo trimestre de 2024, 28,5% (105,3 mil) transitaram para o emprego e 18,7% (69,2 mil) transitaram para a inatividade.
Já do total de pessoas que estavam empregadas no quarto trimestre de 2024, 96,9% (4.901,1 mil) permaneceram nesse estado no segundo trimestre de 2024, enquanto 1,2% (60,8 mil) transitaram para o desemprego e 1,9% (97,5 mil) passaram para a inatividade.
Como resultado, o fluxo líquido do emprego (total de entradas menos o total de saídas) foi de sinal positivo e estimado em 40,5 mil pessoas, enquanto o fluxo líquido do desemprego foi negativo em 37,6 mil pessoas, com o total de pessoas que transitaram para o desemprego (136,9 mil) a ser inferior ao total das que saíram desse estado (174,5 mil).
Por sexo, estima o INE que 31,3% (52,8 mil) dos homens desempregados e 26,2% (52,5 mil) das mulheres desempregadas transitaram para o emprego no segundo trimestre deste ano. No mesmo período, 15,6% (26,3 mil) dos homens e 21,4% (42,9 mil) das mulheres no desemprego transitaram para a inatividade.
Do primeiro para o segundo trimestre deste ano, 35,3% (87,3 mil) dos desempregados de curta duração e 18,1% (24,5 mil) dos inativos pertencentes à “força de trabalho potencial” transitaram para o emprego.
No mesmo período, passaram para um trabalho por conta de outrem 9,3% (65,9 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria e 25,0% (92,3 mil) das pessoas que se encontravam desempregadas.
Os dados hoje divulgados indicam também que, do total de trabalhadores por conta de outrem que no primeiro trimestre tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 23,7% (166,9 mil) passaram a ter um contrato sem termo no segundo trimestre.
Já do número de pessoas que no primeiro trimestre tinham um emprego a tempo parcial, 18,0% (77,4 mil) passaram a trabalhar a tempo completo no trimestre seguinte.
A percentagem de pessoas que permaneceram empregadas entre o primeiro e o segundo trimestres, mas que mudaram de emprego, fixou-se em 3,2% (159,2 mil), tendo diminuído 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 0,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023.
No mesmo período, 3,8% (185,3 mil) das pessoas que permaneceram empregadas continuaram a ter dois ou mais empregos e 2,1% (102,2 mil) das pessoas que tinham um emprego passaram a ter dois ou mais empregos, correspondendo a aumentos de 0,4 e de 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior, respetivamente.
Do total de jovens dos 16 aos 34 anos que, no primeiro trimestre, não estavam empregados, nem em educação ou formação (NEEF), 20,9% (44,4 mil) transitaram para o emprego, enquanto 17,6% (37,6 mil) passaram a frequentar um nível de escolaridade ou formação no segundo trimestre de 2024.
Em ambos os casos, verificou-se um aumento, de 0,8 e de 2,6 pontos percentuais, em comparação com o trimestre anterior, respetivamente.
Os resultados do primeiro trimestre, divulgados pelo Eurostat em 13 de junho passado, relativos aos fluxos entre estados do mercado de trabalho da população com idade dos 15 aos 74 anos, indicam que transitaram para o emprego 26,0% das pessoas que em Portugal estavam desempregadas no quarto trimestre de 2023, sendo este valor superior em 3,0 pontos percentuais ao da União Europeia (23,0%).
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