“É uma reunião de especial importância. Temos há mais de um mês o Observatório de Preços pronto para tornar público, mas temos o compromisso de só fazermos após a apresentação de todos os parceiros”, disse Maria do Céu Antunes, à margem da inauguração da 9.ª edição da AgroSemana — Feira Agrícola do Norte, na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.
Segundo a ministra, a apresentação daquele Observatório, anunciado em maio de 2022 com o objetivo de fazer uma “monitorização eficaz” dos custos e preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar, vai acontecer dia 13 de setembro numa reunião da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA).
“Vamos fazer essa apresentação e disponibilizar este observatório para que todos possam conhecer nomeadamente os preços ao consumidor. Vai mostrar os preços a quatro anos a esta parte e vai tendo atualizações semanais para que tenhamos uma perceção mais real daquilo que esta a ser cobrado pela entrega dos alimentos aos consumidores”, explicou.
Para a responsável pelo setor da Agricultura, aquele observatórios tem uma “especial importância” , nomeadamente para o setor leiteiro: “Vamos estudar a formulação dos preços desde a produção até ao consumidor e isto é de capital importância porque aquilo que é expectável que aconteça ao longo de uma cadeia de produção é que não haja prejuízo nenhum dos seus elos”, disse.
Questionada sobre os atrasos no pagamento de apoios a agricultores, Maria do Céu Antunes admitiu que há 40 milhões de euros de um total de cerca de 310 milhões de euros para entregar, deixando um pedido: “Isto é também um apelo que faço a todos os agricultores que têm direito a receber estes apoios e não os receberam. Ou vão diretamente à sua página dentro do sítio eletrónico do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) corrigir dados que nos impedem de fazer a transferência, ou vão à sua cooperativa, às suas associações fazer”, apelou.
Este “conjunto extraordinários de apoios”, explicou, foi desenhado para fazer face ao “impacto que o covid-19 teve, que a guerra está a ter, a inflação e as alterações climáticas”.
Quando questionada sobre a preocupação já manifestada pelos agricultores relativa ao aumento do preço dos combustíveis, Maria do Céu Antunes não se comprometeu com medidas concretas.
“É uma questão que ainda não discutimos e que havemos de discutir em momento próprio. Nesta altura aquilo que nos preocupa verdadeiramente é esta subida e de que maneira isso vai impactar com a Economia portuguesa”, disse.
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