A também presidente da câmara de Matosinhos (PS) falava aos jornalistas após uma reunião do conselho diretivo da ANMP, que decorreu em Boticas, no distrito de Vila Real.
O assunto TAP não foi debatido na reunião dos autarcas, mas, no final do encontro, Luísa Salgueiro foi questionada sobre as polémicas que envolvem a companhia área nacional quanto à retirada de rotas do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
“É evidente que considero que sendo a TAP uma companhia de bandeira nacional, tem de tratar de forma equitativa os territórios, até porque todos contribuímos para a solução que permitiu a manutenção da TAP no Estado”, afirmou.
Acrescentou, no entanto, que a “realidade do aeroporto Sá Caneiro é uma realidade diferente da realidade do aeroporto de Lisboa e que há rotas que só fazem sentido operar a partir de lá”.
“Mas, como sempre, confio no bom senso para que nós possamos não ter na TAP mais um fator de promoção das desigualdades. Estou certa de que não será”, frisou.
Luísa Salgueiro lembrou que a “pandemia veio trazer mais dificuldades” e que “o setor da aviação foi altamente atingido com isso”.
“Devemos estar em conjunto a encontrar soluções para que a TAP continue a ser uma companhia de bandeira, mas que sirva todos os territórios de forma equitativa”, reforçou.
No sábado, o Jornal de Notícias noticiou que, face ao verão de 2019, a TAP vai operar menos sete rotas e oferecer menos 705 mil lugares a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, ao contrário das principais companhias internacionais, que reforçam a presença a partir do Porto.
“Em primeiro lugar é preciso comparar termos que sejam comparáveis e temos que comparar voos de 2022 com os voos de 2021, o mesmo que estão a fazer com as companhias privadas. O primeiro estudo que eu vi era comparar voos de 2022 com voos pré pandemia e obviamente que havia aí uma desigualdade que implicava a alteração da avaliação da prestação das várias companhias”, referiu a autarca.
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