Em entrevista ao Negócios e à Antena1, Pedro Marques considera irreversível o aumento da capacidade do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, reiterando que a solução deverá ser a construção de uma nova unidade, com uma pista complementar, no Montijo.
Questionado sobre a data para o avanço do novo aeroporto, o ministro responde: “Pode ser em 2019. Admito desde logo porque, depois de concluída a decisão sobre qual das soluções é mais favorável, tem de se realizar um conjunto de projetos técnicos, novas declarações de natureza ambiental e concursos públicos para a realização das obras. Portanto, admito que durante o ano de 2019 essas obras estejam no terreno”.
Caso se confirme a opção pela pista complementar no Montijo, terá de ser feita uma negociação dentro do Estado com a Força Aérea para “criar todas as condições para a sua normal operação”, afirma.
Pedro Marques realça, contudo, que a tomada de decisão só poderá ocorrer no final do próximo ano, depois de a concessionária do aeroporto Humberto Delgado fazer “um conjunto de estudos de impacto ambiental, de movimento das aves, etc.”.
“É irreversível que o aeroporto Humberto Delgado precisa de um acréscimo de capacidade. Isto está para nós evidente, não só com os recordes de passageiros que têm vindo a ser atingidos, como com os constrangimentos quer no chão quer na navegação aérea que já se sentem com o atual aeroporto”, diz o membro do executivo, para quem “esta é uma decisão que ganhava em ter sido tomada há mais tempo”.
Na entrevista, Pedro Marques considera “muito positiva” a permanência de Fernando Pinto na TAP. Refere também que se está “à beira de alcançar um acordo com os três principais bancos financiadores” da TAP, mostrando-se confiante em que se conseguirá concluir a renegociação com o setor financeiro relativamente à reestruturação do passivo da companhia aérea até ao final do ano.
O ministro sinaliza também o “crescimento de 100 milhões no investimento na infraestrutura ferroviária” e a “duplicação do investimento em material circulante”, concluindo que a prioridade dada pelo Governo ao investimento público tem “tradução concreta”.
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