"Achámos que o próximo Orçamento de Estado tem que dar esse sinal de recuperação, é sobre isso que temos conversado com o Governo e é isso que esperamos ver", afirmou Catarina Martins, em Braga, à margem de uma visita ao Mosteiro de Tibães a propósito do Dia dos Monumentos e Sítios, hoje assinalado.
A coordenadora dos bloquistas voltou ainda a afirmar que o orçamento para a Cultura tem ficado "muito aquém" do necessário, apontando como meta que o valor seja 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
O orçamento para a Cultura tem ficado muito aquém e se não há, neste momento, capacidade de responder, estaremos daqui a uns anos a chorar sobre o leite derramado porque o que perdemos agora já não iremos mais recuperar", defendeu, deixando um aviso.
"O alerta que deixamos é que este é o momento de garantir autonomia às instituições do património. Não tem nenhum sentido que quem aqui [no Mosteiro de Tibães] trabalha todos os dias tenha que pedir autorização à direção-geral para comprar detergente para a limpeza", disse.
Quanto ao valor que deve ser inscrito no Orçamento do Estado para a Cultura, Catarina Martins deixou pistas.
"O Bloco de Esquerda tem dito, e não é uma opinião do BE, é uma meta que do ponto de vista dos países europeus tem sido considerada a correta, de que o orçamento da Cultura deve ser 1% do PIB do país, estamos muito longe disso", apontou, lembrando que a verba para a Cultura está em 0,1% (retirando o estipulado para a rádio e televisão publicas).
A líder bloquista mostrou, no entanto, compreensão por esse valor não ser já atingido.
"Nós sabemos que não podemos de um dia para o outro ter 1% [do PIB] para a Cultura mas precisamos seguramente de começar a aumentar esse orçamento e de fazer esse compromisso", disse.
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