De acordo com a proposta de Orçamento de Estado para 2017 (OE2017), que hoje foi entregue na Assembleia da República, será destinado um montante não superior a dois milhões de euros para custear os estudos com vista à concretização daquele projeto.
O Governo anunciou, em setembro, que até ao final de janeiro de 2017, será apresentado um estudo com o objetivo de apontar uma solução de mobilidade na região que foi servida pelo ramal ferroviário da Lousã (encerrado em 2009 para dar início às obras para implantação do novo meio de transporte) e na cidade de Coimbra.
“Até ao final de janeiro de 2017 serão apresentados os elementos relativos ao estudo já encomendado ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] e que tem como objetivo concretizar o primeiro estudo feito pelo LNEC e apontar clara e objetivamente aquilo que o laboratório nacional entende como solução de mobilidade” para esta zona, revelou então Luís Antunes, presidente da mesa da assembleia geral da Metro Mondego (MM), empresa responsável pelo projeto.
Luís Antunes, que também é presidente da Câmara da Lousã, falava aos jornalistas, em 06 de setembro, depois de ter participado numa assembleia geral da empresa, durante a qual o representante do acionista maioritário, que é o Estado, revelou a intenção de, deste modo, retomar o projeto.
O estudo deverá apresentar, ainda de acordo com Luís Antunes, "conclusões que permitam, de forma objetiva, apontar uma solução de mobilidade para esta região", bem como o valor necessário "e outras condições técnicas para a implementação do projeto".
Criada há 20 anos, com o objetivo instalar no ramal ferroviário da Lousã e na cidade de Coimbra uma rede de transportes públicos com base num metro ligeiro sobre carris, a sociedade MM é também integrada pelas câmaras municipais de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.
Na mesma altura, o Governo revelou, através de um comunicado, ter contratado um estudo ao LNEC para "a avaliação técnico-operacional e económico-financeira da introdução de um sistema de mobilidade do Mondego, entre os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã".
O documento, intitulado "Governo desbloqueia sistema de mobilidade do Mondego", referia que o estudo vai, "entre outros aspetos, aprofundar as análises de custo-benefício já existentes e consolidar a estrutura de financiamento do projeto, com vista à sua candidatura a fundos europeus”.
Os resultados deste estudo irão ainda contribuir para “a definição do futuro modelo de gestão e concessão do sistema de mobilidade a implementar", acrescentava a mesma nota.
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