“No conjunto do 1.º semestre de 2018, o saldo global das Administrações Públicas fixou-se em -1.864,7 milhões de euros, representando -1,9% do PIB [Produto Interno Bruto] (-6,1% em igual período do ano anterior)”, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A evolução homóloga do saldo orçamental “resulta primordialmente do impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, ocorrida no primeiro trimestre de 2017”, explica o INE.
A melhoria está ainda associada ao “ajustamento da delimitação setorial das Administrações Públicas ao nível das empresas públicas e ao ajustamento temporal de impostos e contribuições”.
O INE avança que no segundo trimestre de 2018 a necessidade de financiamento subiu 0,2 pontos percentuais para 0,9% do PIB face ao trimestre anterior devido ao aumento de capital no Novo Banco efetuado nesse período pelo Fundo de Resolução, no valor de 792 milhões de euros.
O aumento da necessidade de financiamento resultou do crescimento de despesa total em 1,3% e da receita total em 0,7%, explica o INE.
O comportamento da despesa reflete, por sua vez, o aumento de 23,3% na despesa de capital, explicada pelo aumento de capital no Novo Banco e, em menor grau, pelo empréstimo concedido pela Direção Geral de Tesouro e Finanças (DGTF) ao Fundo de Recuperação de Créditos FRCINQ-Papel Comercial ESI Rio Forte (FRC) no montante de 124,4 milhões de euros.
Estas duas operações foram registadas como transferência de capital, com impacto no défice.
O Governo mantém a meta do défice em 0,7% para o conjunto do ano, apesar de o Conselho das Finanças Públicas ter revisto na quinta-feira em baixa a sua projeção para 0,5% em 2018.
Os números do INE são em contabilidade nacional, ou seja, a que conta para Bruxelas.
(Notícia atualizada às 12:52)
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