Segundo a informação disponibilizada pela empresa, no final de 2015, a carteira de crédito ascendia a 3.160 milhões de euros, sendo que 80% são créditos cujos devedores estão em incumprimento, ou seja, 2.500 milhões de euros.
Já os restantes 20%, equivalente a 660 milhões de euros, são empréstimos que estão a ser pagos normalmente pelos clientes.
“A existência de mais de 10.000 processos judiciais em curso (e cuja natureza varia desde ações declarativas até às insolvências, passando naturalmente pelas ações executivas) incide essencialmente sobre os processos que se encontram em incumprimento”, disse à Lusa o presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira Leite.
No entanto, o responsável explicou que nem todos os processos judiciais em curso decorrem da ação direta da empresa, uma vez que em muitos casos foram os próprios devedores em incumprimento que pediram o estatuto de Processo Especial de Revitalização (PER) ou em que foram apresentadas ações por terceiros, o que obriga a Parvalorem a reclamar de créditos.
Já no relatório do conselho fiscal da Parvalorem relativo a junho de 2016, disponível na sua página na Internet, são referidos os mesmos 10 mil processos legais em curso e é dito que “92% dos valores em dívida” estão “associados a processos judiciais”. Refere ainda a Parvalorem que “62% da carteira não tem quaisquer garantias associadas”.
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