“Nada vai mudar para os clientes do Banco Popular”, assegurou Ana Botin numa conferência de imprensa na sede do grupo Santander em Madrid, acrescentando que “não haverá custos para os contribuintes” na operação que teve o apoio dos supervisores europeus do mercado financeiro.
Segundo a presidente do Santander, depois da fusão, o grupo será líder do setor em Espanha, com 20% de quota de mercado e 17 milhões de clientes, e “o primeiro banco privado em Portugal”, com 17% de quota de mercado e quatro milhões de clientes.
Botín espera que a integração do Popular no Santander signifique uma poupança de 10% até 2020 e uma melhoria da rentabilidade do grupo em Espanha e em Portugal até 2019.
“A operação é positiva para o setor e para os clientes”, concluiu a presidente do Santander que não adiantou números sobre eventuais reduções de balcões ou funcionários.
“Neste momento [o Banco Popular] mantém-se como filial” do Santander, mas “a ideia é que haja uma integração, mas temos de ver nos próximos meses”.
“Não podemos neste momento dizer qual vai ser a estratégia”, acrescentou Ana Botín.
O Banco Santander anunciou hoje a aquisição de 100% de Banco Popular por um euro, após o Banco Central Europeu ter constatado a inviabilidade da instituição de forma independente e a fim de garantir a segurança dos depositantes do Popular.
Em comunicados separados, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) e o próprio Santander indicam que a compra ocorre depois de um processo competitivo de venda organizado “no âmbito de uma medida de resolução”, adotado pelo Conselho Único de Resolução europeu e executado pelo FROB.
Como parte da operação, o Santander tem previsto realizar um aumento de capital de aproximadamente 7.000 milhões de euros, “que cobrirá o capital e as provisões necessárias para reforçar o balanço do Banco Popular”, segundo um comunicado enviado à Comissão de Comissão de Mercado de Valores (CMVM) espanhola.
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