O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) admite avançar para formas de luta, a começar imediatamente e por tempo indeterminado, se da reunião que os seus dirigentes têm hoje no Ministério das Finanças não saírem respostas concretas.
Num comunicado enviado hoje às redações, o STI começa por acusar o anterior Governo de ter desvalorizado as carreiras especiais da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
Dirigindo-se ao atual executivo, avisa que os seus dirigentes esperam "sair da reunião com o Governo [que decorre hoje no Ministério das Finanças] com mais que um conjunto vago de ideias, sob pena de se ver forçado a avançar para outras formas de luta, a começar imediatamente e por tempo indeterminado".
O STI aproveita também para saudar a entrada de cerca de 400 novos inspetores da AT, que hoje iniciam funções, mas acentua que isso não vai resolver do "problema urgente" da falta de pessoal nos serviços locais.
Além disso, observa, este número de entradas "não consegue eliminar a instabilidade do setor" devido ao número mensal de saídas de trabalhadores da AT, cuja idade média ronda os 56 anos, acentuando ainda que são necessários "anos de experiência até que um inspetor tributário e aduaneiro esteja capaz de fazer de forma totalmente autónoma um procedimento de inspeção".
O sindicato liderado por Gonçalo Rodrigues lamenta ainda que a AT não tenha autorizado a distribuição de uma pasta com material sindical aos novos inspetores, durante a cerimónia de acolhimento de hoje.
Entre o material que queria entregar está uma mensagem de boas-vindas, uma ficha de inscrição, uma caneta e um bloco de notas, segundo refere o comunicado, com o STI a lamentar a decisão da AT e considerar que o trabalho sindical ficou prejudicado.
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