“A taxa de desemprego voltou a cair, para 6,4% [em agosto], e há um aspeto muito importante: são menos 86 mil desempregados em agosto deste ano do que tínhamos em agosto do ano passado”, disse Siza Vieira, considerando que se trata de um valor muito reduzido e que ilustra a recuperação da economia portuguesa.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou hoje que a taxa de desemprego caiu para 6,4% em agosto, menos 0,2 pontos percentuais do que em julho e 1,5 pontos percentuais face ao mês homólogo do ano passado.
O ministro de Estado e da Economia, que falava à agência Lusa durante uma visita para celebrar os 30 anos da fábrica de componentes eletrónicos para a indústria automóvel da Visteon, em Palmela, salientou que Portugal está neste momento com o “maior número de pessoas empregadas que alguma vez tivemos desde que há registos”, mas advertiu que começa a ter o problema oposto, a “falta de disponibilidade mão-de-obra” em quase todos os setores de atividade.
“Por isso, temos que continuar a fazer um grande esforço no sentido da qualificação das pessoas, para se poderem adaptar às novas áreas que estão a reclamar cada vez mais trabalhadores, e trabalhar também com as empresas e as associações empresariais, no sentido de facilitar a vinda para Portugal dos recursos humanos de que a nossa economia tanto carece”, disse.
Na visita à fábrica de Palmela, Siza Vieira elogiou o desempenho da fábrica da Visteon, que disse ter feito uma evolução extraordinária nestes 30 anos e uma grande evolução tecnológica, e que é hoje “uma das fábricas mais automatizadas do mundo no seu segmento de atividade”.
“Fez também um grande desenvolvimento em termos dos produtos que aqui se produzem e são até concebidos”, acrescentou Siza Vieira, lembrando que nos últimos anos a Visteon investiu 90 milhões de dólares na modernização da fábrica de Palmela, que é hoje considerada como um centro de excelência da Visteon.
O presidente executivo da Visteon, Sachin Lawand, considerou a unidade de Palmela como “uma parte muito importante das operações globais” do grupo e um “centro de excelência” voltado para o fabrico de produtos eletrónicos de ponta para a indústria automóvel”.
”Nos últimos anos a fábrica de Palmela emergiu como líder na indústria, e não só dentro da Visteon, em termos da competência a desenvolver e fabricar estes sistemas eletrónicos tão complexos que aqui vemos”, disse à agência Lusa o presidente e CEO da Visteon, assegurando que a empresa não só pretende manter, como reforçar a sua presença em Portugal.
“Espero que possamos realmente fazer crescer a nossa presença aqui, porque, como disse há pouco ao senhor ministro da Economia, sinto que Portugal tem muito talento nesta área, na eletrónica automóvel, e que está a afirmar-se também como um importante ‘player’ na área do software”, disse.
“Por isso estou ansioso por fazer mais em Portugal. E estou muito confiante de que, com o talento que temos, com o apoio da administração portuguesa a nível local e nacional, podemos realmente ser um dos motores da economia, aqui em Portugal e dentro da Visteon”, sublinhou o presidente da Visteon.
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