A subida de 25% para 30%, o nível mais elevado desde 2003, era um movimento esperado pelos mercados, com a inflação homóloga a atingir 59%.
O banco central “decidiu continuar o processo de aperto monetário para permitir uma desinflação o mais rapidamente possível”, justificou a instituição em comunicado.
Reconhecendo que a “inflação foi superior ao esperado em julho e agosto”, o que se deve sobretudo ao aumento do preço do petróleo, o banco central turco prevê novas subidas nos próximos meses “até uma melhoria significativa das perspetivas de inflação”.
Desde finais de 2021, a rápida desvalorização da lira turca, combinada com uma política de baixas taxas de juro imposta pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, desencadeou uma espiral inflacionista só comparável à dos anos 90 na Turquia, chegando a atingir 85,5% em outubro de 2022.
Desde que a nova equipa de liderança económica entrou em funções em junho, após a reeleição de Erdogan, as taxas de juro subiram 21,5 pontos.
O ministro da Economia turco, Mehmet Simsek, cuja nomeação foi saudada pelos investidores, afirmou recentemente que não está prevista qualquer descida das taxas de juro antes do segundo semestre de 2024.
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