A taxa Euribor a seis meses (a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação) desceu hoje para -0,488%, um novo mínimo de sempre.
Também a Euribor a três meses caiu para um mínimo histórico, ao fixar-se em -0,509%, assim como a taxa a 12 meses, que se fixou em -0,458%.
As taxas Euribor estão em terreno negativo desde 2015 e os analistas esperam que se mantenham negativas ou perto de 0% nos próximos anos devido sobretudo à política de estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE) para fazer face à crise, o que tem impacto positivo nos créditos bancários, que estão mais baratos.
Contudo, segundo analistas contactados pela Lusa, o impacto na economia não é o previsto, desde logo porque o investimento das empresas é baixo face a um ambiente económico incerto.
Já se nos próximos 12 meses houver estabilização económica, o facto de as taxas estarem tão baixas poderá ajudar a economia, consideram. Contudo, persiste o receio de uma ‘japonização’ da economia europeia.
Esta expressão designa os quase 30 anos em que a economia do Japão se confronta com falta de inflação e crescimento económico anémico, apesar de a política monetária tentar todos os meios para estimular a economia (taxas de juro muito baixas e grandes programas de compra de ativos), havendo receio de que a Europa esteja a entrar no mesmo círculo vicioso.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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