A decisão foi tomada num plenário realizado pelo trabalhadores do armazém da FNAC, em Alverca, Vila Franca de Xira, que contestaram o bloqueio negocial.
“Os trabalhadores repudiaram a situação negocial, que não tem avançado porque a empresa não quer aumentar os salários, que estão congelados desde 2009, e manifestaram disponibilidade para continuar a luta, admitindo até a realização de uma greve”, disse à agência Lusa Alvaro Gonçalves, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
Os trabalhadores da FNAC reivindicam aumentos de 40 euros para todos e 25 dias de férias, entre outras coisas.
O plenário desta terça-feira no armazém da FNAC integra uma quinzena de luta iniciada na segunda-feira nas empresas de distribuição, em defesa de aumentos salariais.
O calendário de ações foi convocado pelo CESP.
De acordo com o sindicato, com esta quinzena de luta, os trabalhadores do setor da distribuição pretendem a revisão do contrato coletivo de trabalho, sem redução do valor pago pelo trabalho suplementar, trabalho em dia feriado e sem banco de horas, bem como o aumento dos salários de todos os trabalhadores.
Os funcionários reivindicam ainda a equiparação da carreira profissional dos operadores de armazém à carreira dos operadores de loja, com a respetiva equiparação salarial.
A quinzena de luta prossegue na quarta-feira com o primeiro dia de greve ao trabalho suplementar dos trabalhadores do Lidl.
O protesto dos trabalhadores da distribuição terá continuidade com uma greve em todas as empresas do setor no 1º de Maio, data para a qual reivindicam o direito ao gozo deste feriado, considerado internacionalmente como o Dia do Trabalhador.
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