“Com a maioria dos concessionários da UE encerrados durante todo o mês, o número de veículos vendidos caiu de 1,143 milhões de unidades em abril de 2019 para 279.682 unidades no mês passado”, indicou hoje a Associação Europeia de Fabricantes Automóveis (ACEA) em comunicado.
Nos primeiros quatro meses de 2020, a descida acumulada foi de 38,5%, devido ao impacto negativo da pandemia nas vendas em março e abril.
Estes números confirmam que o setor automóvel, que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB), 6% do emprego e 12% das exportações na UE, será muito afetado por uma pandemia que obrigou a paralisar parte das fábricas ou a destiná-las a outras atividades como a produção de ventiladores, congelando também as vendas com as restrições impostas ao comércio.
Em abril, a maior descida nas vendas de veículos novos foi em Itália (97,6%), seguida de Espanha com (96,5%), mas também houve um recuo acentuado em mercados como o da Alemanha (61,1%) e França (88,8%).
Em geral, a descida de matrículas no mês passado superou os 50% em todos os países da UE, como exceção de Dinamarca (37%) e Suécia (37,5%).
Entre janeiro e abril, as vendas diminuíram cerca de 50% em três dos quatro mercados de maior dimensão: Itália (50,7%), Espanha (48,9%) e França (48%). Na Alemanha, a descida foi de 31% nos quatro primeiros meses do ano.
À margem destes mercados também se registaram descidas que baixaram a média europeia na Áustria (41,6%), em Portugal (40,4%) e na Eslovénia (38,8%).
Neste cenário, as empresas podem encontrar-se com problemas de liquidez e a atividade de todo o setor será afetada a longo prazo, adverte a ACEA.
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