Trump sugeriu, no sábado, que a China está a exercer uma influência crescente sobre o canal, uma via marítima vital para as empresas e interesses norte-americanos que o usam para transportar mercadorias entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Se o Panamá não for capaz de garantir a "operação segura, eficiente e fiável" desta via navegável, "então exigiremos que o canal do Panamá nos seja devolvido, na sua totalidade, e sem discussão", escreveu Trump na sua rede Truth Social.
"A nossa marinha e o nosso comércio estão a ser tratados de forma particularmente injusta (...) As taxas [de passagem] que o Panamá cobra são ridículas", afirmou o republicano, que deverá suceder ao democrata Joe Biden a 20 de janeiro.
Este "roubo total do nosso país vai parar imediatamente", prometeu.
O controlo do canal do Panamá, concluído pelos Estados Unidos em 1914, foi totalmente devolvido ao país centro-americano em 1999, no âmbito de um acordo assinado pelo antigo presidente democrata Jimmy Carter em 1977.
"Só ao Panamá cabia geri-lo, não à China ou a qualquer outro país", escreveu o bilionário. "Não deixaríamos e NUNCA deixaremos que caia nas mãos erradas!"
As autoridades panamianas ainda não reagiram a estas declarações.
De acordo com as estimativas, cerca de 5% do tráfego marítimo mundial passa pelo canal, que permite aos navios que viajam entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos evitar um longo e perigoso desvio através do extremo sul da América do Sul.
Em outubro, a Autoridade do Canal do Panamá anunciou que tinha registado receitas de quase cinco mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros) durante o último ano fiscal.
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