Em dias de campeonatos, em dias de futebol, o mundo gere-se com critérios que não conheço, nada me aproxima deste universo. Não sei o que é um defesa, um fora de jogo. Mas, em conversa com o icónico Fernando Alves, percebo que o futebol é uma boa metáfora da vida.
Paul Auster acreditava que era o baseball e passou um almoço a tentar explicar-me como a poesia de um jogo se confunde com a condição humana.
Eu, adepta ferrenha de desportos que não fazem - ou raramente fazem - as primeiras páginas dos jornais ou as aberturas de telejornal, compreendo a comoção do hino. Compreendo a comunhão de quem se junta para torcer pela seleção.
Ontem foi o que me aconteceu, intimidada a ir à casa das minhas vizinhas, que são super pessoas e deviam ter estrelas de mérito culinário, vi como se juntaram para festejar o jogo, a seleção. Eu fiquei à mesa, a ver se os entendia, sabendo que não há qualquer hipótese.
Isto permitiu-me constatar o que me disse Fernando Alves e Paul Auster: o melhor de um jogo, quando se junta, faz diferença. E o melhor são as pessoas. E o entusiasmo é divino.
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