Na série norte-americana, altamente inteligente e escrita por Aaron Sorkin, o presidente é católico e, perante uma alma conservadora que invoca a Bíblia para condenar o aborto, dele faz uma prelecção a respeito de todas as coisas que a Bíblia diz que não praticamos.
A lógica é: os tempos mudam, as sociedades evoluem, os direitos adquirem-se.
Ninguém – repito, ninguém – faz um aborto por gosto. Portanto, não é uma matéria que possa ser discutida com base na moral, ou passível de obrigar uma mulher a abdicar da autonomia quanto ao seu próprio corpo. É um direito.
Na União Europeia, este direito é negado a mais de vinte milhões de mulheres, vinte milhões de cidadãs que não são livres de decidir o que fazer com o seu corpo, com a sua vida reprodutiva.
Ora, a verdadeira questão é que isto é apenas uma hipocrisia monumental e absurda, porque o aborto continua a ser praticado apenas com uma diferença crucial: não é feito de forma segura nem gratuitamente.
A campanha My Voice, My Choice apela à Comissão Europeia, no sentido de encarar esta realidade e criar um mecanismo de financiamento, para garantir o aborto seguro e gratuito a todas as mulheres que, pelas razões que só a elas importa, se decidam pela necessidade de realizar uma interrupção de gravidez.
São precisas mais assinaturas, é fundamental um envolvimento da sociedade nestas matérias. Procurem a campanha @myvoicemychoiceorg e assinem. Para acabarmos com isto de vez.
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