Ativismo em plena hora de ponta
Por volta das 9:00 desta terça-feira, nove ativistas do grupo Climáximo sentaram-se no chão da Segunda Circular, em frente aos escritórios da Galp, nas Torres de Lisboa ( e irritaram muitos automobilistas).
O objetivo: “apelo ao fim dos combustíveis fósseis”.
"Não permitimos que vendam o nosso futuro", dizia uma das faixas. “É preciso um plano de paz, um plano de desarmamento, desmantelar as armas que, neste momento, têm sido apontadas contra as pessoas”, disse o porta-voz da ação.
Em plena hora de ponta, os jovens cortaram a maior via de acesso à capital. Facto que revoltou um par de automobilistas.
Vários condutores saíram dos carros e obrigaram os jovens a sair da estrada. Alguns ativistas contaram que “foram agredidos”.
O grupo partilhou ainda um vídeo onde se podia ver um motociclista a discutir com os jovens que estavam sentados na estrada. Um condutor de um carro surge posteriormente e arranca as faixas que os ativistas seguravam.
Depois disso, os ativistas ocuparam a berma e o passeio, mas logo a seguir os manifestantes voltaram a ocupar o seu lugar inicial - cortar a via de trânsito.
A PSP foi chamada ao local, removeu os ativistas e deteve nove manifestantes que foram levados para a esquadra de Benfica.
Segundo o movimento responsável pelo protesto, o bloqueio na Segunda Circular terá durado alguns minutos, mas “a disrupção na via demorou cerca de duas horas”, lê-se em comunicado da Climáximo.
A demora deve-se à remoção de mais dois ativistas que se tinham pendurado na ponte pedonal por cabos e tiveram de ser retirados pelos bombeiros com recurso a uma grua, o que terá prolongado o tempo de interrupção da via, no sentido Benfica-Aeroporto.
Ao longo da tarde, os onze ativistas foram libertados e terão de se apresentar no tribunal do Campus da Justiça, na quarta-feira.