O Governo está a preparar medidas para responsabilizar as administrações dos hospitais pelas suas listas de espera cirúrgicas, anunciou hoje o coordenador do Plano de Emergência da Saúde que o executivo apresentou no fim de maio.
O número de utentes à espera de cirurgia e de uma primeira consulta hospitalar aumentou entre 2022 e 2023, indicou o Conselho das Finanças Públicas (CFP), que alerta para a incapacidade de inverter a trajetória de saturação do SNS.
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) revelou hoje que as listas de espera têm aumentando no serviço público porque a procura cresceu mais de 20%, enquanto a produção subiu entre 8% e 10%.
A ministra da Saúde disse hoje que "tem de ser possível" até ao final de 2019 resolver o problema das quase 100 mil consultas com mais de um ano de espera, afirmando-o como uma das prioridades atuais.
A Ordem dos Médicos (OM) classifica como "desastrosos" os dados que apontam para um agravamento do incumprimento dos tempos de espera em consultas e cirurgias, indicando que a situação deve “envergonhar” o país.