A Sophia, a Alice e o Agostinho. Um 'bot', um robô e um homem. Separa-os o tempo e a evolução tecnológica. ‘’Elas’ apareceram muito depois de Agostinho Pinto, um entusiasta do mundo das comunicações, e são de outra inteligência, artificial. Talvez seja por isso que ‘elas’ o consigam compreender e Agostinho nem tanto, porque tudo aconteceu muito rápido desde o momento em que acompanhou a "sua" revolução dos telefones, o início da era dos telemóveis.
Mas vamos às apresentações. A Sophia, ou melhor um 'bot' com as feições da robô, pensa, alerta-nos e avisa os outros por nós. Foi o rosto interativo da bancada da Altice Labs no TechDays que aconteceu em Aveiro entre os dias 11 e 13 deste mês. Os visitantes chegavam e falavam. Em linguagem natural, o mesmo que dizer: aquela que usamos para comunicar entre nós, humanos, todos os dias. A Sophia respondia e era ao mesmo tempo o espelho da aplicação real da tecnologia 5G, uma bandeira que o evento fez passar de um ano para o outro. Mas esta era a edição da inteligência artificial. E era isso que o 'bot da Sophia, um mecanismo de resposta 'pintado' com o rosto da robô mais conhecida do mundo, espelhava: os avanços no trabalho desenvolvimento em inteligência artificial por parte dos laboratórios da Altice.
Se a Sophia era o rosto, a Alice era o corpo. Um robô que nos seguia para onde quiséssemos, que falava connosco. Uma parceria da Altice Labs com a startup Follow Inspiration apresentada no contexto do evento. A Alice inclui incorporados dois ecrãs: um ecrã exclusivo para visualização de conteúdos (sem interação) e um outro ecrã touch exclusivo para interação. Através da sua capacidade de interação, do ecrã ou de voz em linguagem natural, este robot, para além de responder a questões gerais, está preparado para realizar a visita guiada no espaço do TechDays.
Mais à frente, Agostinho Pinto percorria o seu stand, de mãos nos bolsos. Dezenas de telefones, listas telefónicas e os já velhinhos cartões de pagamento eram exibidos com curiosidade aos mais novos. Agostinho trabalhou nos CTT e na PT e foi ao longo dos anos construindo uma coleção capaz de contar a própria história das telecomunicações em Portugal. Quando chegamos ao seu stand, acompanhados pela Alice, confessa-nos que as coisas têm evoluído depressa demais.
“Eu acho que no futuro vai ser um chip posto no pulso e faz-se tudo com isso. [...] A gente quando der por ela, já estamos a falar do 5G que eu nem sei o que é isso”, brinca.
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