No âmbito da estratégia de descentralização dos laboratórios da Altice Labs em Portugal, através da criação de polos de inovação em diversas regiões do país, "Viseu, Algarve e Madeira, Ribeira Brava, são os protocolos que estão assinados", disse o gestor, em entrevista à Lusa.
"Estou, neste momento, a trabalhar com mais um conjunto de regiões para no curto prazo podermos protocolar mais dois laboratórios no país", adiantou Alexandre Fonseca.
"A própria região de Lisboa é uma área que estamos a analisar e posso dizer isso em primeira mão. Ainda não temos fechado onde, mas é na área da Grande Lisboa", que para a Altice Portugal é importante, salientou.
"Vamos continuar a levar a inovação em conjunto com as universidades a outras regiões do país", apontou.
A Altice Labs celebra hoje o seu terceiro aniversário e Alexandre Fonseca faz um balanço positivo.
O gestor recordou que o projeto, que foi uma aposta pessoal sua e dos acionistas, resultou da PT Inovação, "um ativo histórico" do país, mas que "na altura não era um ativo rentável".
Então, a forma encontrada foi "dar asas a este projeto" e "fixar em Portugal um centro de investigação e desenvolvimento tecnológico", mas de uma forma rentável.
"Três anos passados dificilmente eu poderia estar mais satisfeito do que aquilo que estou, porque de facto todos os objetivos foram amplamente alcançados. Crescemos em projetos, crescemos em pessoas, crescemos em alcance geográfico, chegamos hoje a cinco continentes, 35 países, 250 milhões de pessoas usam a nossa tecnologia 'made in' Portugal", sublinhou.
"Somos um ativo rentável. Crescemos quase duas vezes as nossas receitas e multiplicámos por várias dezenas a nossa rentabilidade" em três anos, "temos uma equipa altamente motivada" e que participa "lado a lado com municípios portugueses em projetos inovadores, que cria tecnologia, que está na Rússia, na Índia, na Austrália, na Nova Zelândia, no Brasil", ou seja, em vários países do mundo, continuou.
"Portanto, é um projeto de sucesso com uma mentalidade ganhadora que já não está só em Aveiro", salientou, apontando o caso do laboratório de Viseu, que foi inaugurado no verão passado e "é um exemplo claro" de como se pode levar a inovação "até um território, no caso de Viseu, que já tem produto" que é único "no mundo".
"Vamos continuar a levar a Altice Labs a outras regiões do país", garantiu, adiantando que a empresa vai continuar a trabalhar "ativamente com o ecossistema universitário".
A Altice Labs, que conta com cerca de 700 pessoas, é a demonstração de que a Altice aposta em Portugal, de acordo com o gestor.
Alexandre Fonseca apontou que, quando a nova equipa de gestão assumiu a liderança da Altice, esta "mudou a postura relativamente aos desafios laborais" da empresa, e começou a "ir ao território e a mostrar a verdadeira portugalidade" e a "proximidade às pessoas", tal se traduziu num "incómodo para alguns".
"Percebo que alguns tenham tentado criar aqui algumas cortinas dizendo que a Altice estava a vender, que íamos sair de Portugal", mas é preciso não esquecer que "foi o acionista que o disse" que "Portugal é a estrela da companhia da Altice na Europa" e "Portugal é um ativo fantástico", destacou.
"Aliás, a própria existência da Altice Labs em Portugal, que é um centro para todo o mundo, é uma aposta clara e, portanto, é uma aposta que está para ficar", rematou o presidente executivo.
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