“Estou muito impressionada, tanto com a Web Summit, como com as ambições do país”, declarou a responsável em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, que será publicada na íntegra na terça-feira.
Apesar de admitir não seguir “em detalhe” o desenvolvimento do setor tecnológico no país, Margrethe Vestager considerou Portugal como “um bom sítio para ir”, nomeadamente para ser oradora na cimeira tecnológica Web Summit, que se realiza desde 2016 em Lisboa, juntando ‘startups’ (empresas com potencial de crescimento), companhias tecnológicas, investidores e jornalistas de todo o mundo.
“Devo dizer que é raro que eu volte a um evento”, realçou a responsável, justificando a sua constante presença na Web Summit por ali se “preparar” e inteirar sobre os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos e ainda para “sentir a atmosfera” do setor.
“Já fui à Web Summit uma série de vezes e sinto sempre que a atmosfera está a mudar”, precisou.
A Web Summit chegou a Lisboa em 2016 e trouxe 53 mil pessoas de 166 países, 15 mil empresas, 7.000 presidentes executivos, 700 investidores de topo e 2.000 jornalistas internacionais.
No ano seguinte, em 2017, estes números subiram para um total de 60 mil participantes de 170 países, 1.200 oradores, duas mil 'startup', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.
Já em 2018, registaram-se mais de 70 mil participantes de mais de 170 países, cerca de 2.600 jornalistas de todo o mundo e marcaram ainda presença duas mil ‘startup’ de todo o mundo.
Este ano, a quarta edição em Portugal, o evento decorre entre os dias 04 e 07 de novembro no Parque das Nações (Altice Arena e FIL), em Lisboa.
A organização espera, ao todo, cerca de 70 mil participantes, 1.800 ‘startups’, 1.500 investidores e mais de dois mil jornalistas.
Estão, para já, confirmados mais de mil oradores, entre os quais Margrethe Vestager e o negociador chefe da União Europeia (UE) para o ‘Brexit’, Michel Barnier.
Inicialmente, estava previsto que a cimeira ficasse em Portugal por apenas três anos, mas em outubro do ano passado foi anunciado que o evento continuará a ser realizado em Lisboa por mais 10 anos, ou seja, até 2028, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da FIL.
A política dinamarquesa Margrethe Vestager, que é comissária europeia para a Concorrência desde 2014, está prestes a terminar mandato para, no próximo executivo comunitário, juntar a esta pasta a vice-presidência para a Era Digital.
Por: Ana Matos Neves da Agência Lusa
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