Tudo tem um fim. Mas até mesmo o fim do mundo pode chegar ao fim e dar lugar a algo novo. Confuso? Este podia ser o resumo do que aconteceu no universo Fortnite entre domingo e hoje de manhã.
Se tem como familiar ou amigo próximo um daqueles jogadores inverterados de videojogos, ou gamers, como se chamam por estes dias, saberá que o Fortnite chegou ao fim. The End. Acabou o mundo. Foi tudo engolido por um buraco negro.
O vazio em que ficou toda uma comunidade de 250 milhões de jogadores foi barulhento e irrequieto. Muito se disse e especulou sobre o jogo, mas afinal era só uma questão de saber esperar porque até o fim do mundo pode dar lugar a algo novo.
Vamos por partes.
O que é o Fortnite?
Quer perceber por que razão é que aquele amigo passa tanto tempo agarrado ao computador? Bem, muito resumidamente, está à luta com outras 99 pessoas. Fortnite é um jogo online em que uma centena de jogadores saltam de um autocarro voador para um pequena ilha e, com recurso a construções e a armas, têm de sobreviver e vencer uma Battle Royale, ou seja, todos lutam contra todos pela sobrevivência.
O que é que aconteceu?
No domingo, a Epic Games (empresa que desenvolveu o jogo) convidou os jogadores a irem para a ilha não para lutarem entre si, mas para assistirem ao fim do mundo, daquele mundo, da temporada 10 do primeiro capítulo de Fortnite. Mais de seis milhões de pessoas assistiram ao vivo à destruição do mapa que foi palco de milhões de batalhas nos últimos três meses por meteoritos para, no final, ser engolido por um buraco negro. Foi uma mistura entre uma cena épica do último episódio de uma série de ficção científica e, ao mesmo tempo, o pior pesadelo de um gamer. Ora veja (e ouça o pânico):
O que é que não bateu certo?
Bem, este foi um fim de capítulo e não o fim de uma temporada. Algo que nunca tinha acontecido e que deixou a comunidade de Fortnite mais à beira do ataque cardíaco do que da lágrima da contemplação.
Por norma, os outros finais (das temporadas) duraram meras horas até à abertura de um mundo novo ou à chegada de novas atualizações. Agora, o que deixou os gamers ansiosos foi o facto de, depois do primeiro capítulo do jogo ter terminado, ter ficado visível apenas um buraco negro, o tal que sugou a ilha, o autocarro, as personagens, enfim, tudo.
Nem um trailer para o que aí vinha. Nada. As páginas do Fortnite nas redes sociais ficaram a negro. Temeu-se que este fosse o fim do jogo que popularizou algumas das melhores danças da atualidade desde o Pulp Fiction (ainda que esse seja um tema polémico no mundo atual), mas o facto de não haver uma única pista sobre o que estava para vir deixou a Internet em polvorosa.
O fim do fim é um novo início, certo?
A Epic Games, por seu lado, não fez nada para amenizar os nervos. Ficou tudo em segredo até esta manhã ter sido inaugurado um novo capítulo, o segundo, totalmente diferente e pronto a explorar. Está a ser muito bem recebido pela comunidade de gaming e entre as principais novidades estão a possibilidade de escolher onde aterrar na ilha, nadar na água, andar de mota de água, pescar ou ajudar colegas de equipa, carregando-os e tratando deles.
No fundo, foi só um susto como qualquer mundo novo que se apresenta.
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